Ventura diz que PS tornou Portugal num “inferno para os empresários”

O presidente do CHEGA acusou no domingo à noite o PS de ter tornado o país "num inferno para os empresários" e considerou que Portugal tem "muitos impostos, habitação cara e maus serviços".

© Folha Nacional

“Nos últimos anos o PS tornou este país num inferno para os empresários. Qualquer empresário, dos mais pequenos aos maiores, sente hoje que a vida em Portugal é um inferno”, afirmou.

André Ventura discursava no final de um jantar/comício em Leiria, e aproveitou para falar deste tema referindo que este distrito “é um dos mais empreendedores do país”.

O presidente do CHEGA sustentou que “é um inferno de impostos, de burocracia, é um inferno de papelada e é um inferno quando é preciso tratar de qualquer assunto junto da administração pública”.

“Tornámo-nos um país com muitos impostos, de habitação cara e de maus serviços. Por isso eu pergunto ao fim de oito anos de socialismo, o que é que eles nos trouxeram de bom, o que é que o PS nos trouxe de bom, o que é que o PS ajudou as nossas empresas, as nossas comunidades? Nada”, defendeu.

Perante uma sala com mais de 300 apoiantes, André Ventura deixou uma pergunta: “Como é que podemos achar que devemos dar outra oportunidade ao PS?”.

E respondeu “é impossível”.

Atirando também críticas à governação autárquica do PSD, o líder do CHEGA sustentou que “PS e PSD não terão nenhuma solução para as empresas portuguesas”.

No seu discurso, o líder do CHEGA considerou que no que toca a segurança, Portugal está “verdadeiramente tipo faroeste” e uma “bandalheira absoluta”.

“Foi este país que a esquerda nos deixou, sem ordem, sem autoridade, em que cada um faz o que quer, em que a violência é aberta, é gratuita e está ao alcance de todos”, acusou, referindo que se o CHEGA for governo “os bandidos vão estar mesmo na cadeia”.

André Ventura criticou também os “vícios de esquerda que levaram a uma desagregação completa do tecido de valores”, afirmando que se perdeu “o respeito pela lei e pelas instituições”.

Dando como exemplo “países que eram muito modernos de esquerda, como o Brasil e a Venezuela, a Colômbia ou o Equador e outros países da América do Sul”, e considerando que hoje se tornaram “cemitérios a céu aberto, em que há tiros e mortos todos os dias”, Ventura defendeu que, “para não chegar a um país assim”, é preciso “impedir que PS e PSD vençam as próximas eleições”.

À chegada ao comício, o líder do CHEGA comentou também a mensagem que o Presidente da República enviou ao Congresso do Ministério Público a pedir rapidez e resultados aos procuradores, e alertando para os “desafios” de politização da justiça e de judicialização da política.

André Ventura disse ter “dúvidas que este tenha sido o melhor momento escolhido para enviar esta mensagem”, por poder “passar uma ideia de uma crítica, ainda que velada, ao trabalho que o Ministério Público está a fazer” e podem ser “incendiárias”.

“Todos exigimos resultados para a Justiça, acho que é evidente, dizê-lo assim num Congresso do Ministério Público pode dar uma ideia de que o presidente está a querer pressionar o Ministério Público num determinado sentido. E acho que nesse momento não foi uma declaração particularmente feliz”, criticou.

Últimas de Política Nacional

André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.