Estamos num debate, fala-se de imigração e tudo pára. É o ponto da situação em 2024. No ano que decorre, é interessante notar este tipo de fenómenos e a imigração tornou-se o mais proibido de todos os temas.
É frequente num debate os candidatos falarem de medidas económicas. Até aí não há surpresa, mas o que devia ser surpresa é a forma como todos entram em pânico quando a conversa vira para o tema da imigração. Até lá, tudo bem – falava-se de economia à vontade, mas, subitamente, o ambiente torna-se pesado porque alguém ousou tocar na questão proibida da imigração.
Não só os políticos do sistema revelam o seu desconforto, que por vezes chega mesmo a ser indignação, como os próprios moderadores e jornalistas sentem que têm de fazer algo para contrapor qualquer perspectiva tendencialmente nacionalista sobre o assunto.
Este fenómeno tornou-se particularmente visível aquando das declarações do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, nas quais fez questão de relacionar a imigração com a insegurança. Nos dias seguintes ao seu discurso, fomos inundados com uma onda de indignação vinda de jornalistas, comentadores (um dos quais irmão de António Costa) e outros políticos do sistema. Uma campanha de lavagem cerebral verdadeiramente demonstrativa da guerra de informação que atravessamos e tudo isto por causa da imigração. Questões económicas quase nunca geram tamanha polémica.
Fora de Portugal, podemos encontrar exemplos bem mais radicais de reacções do sistema contra aqueles que se opõe à imigração massiva. Na Irlanda, por exemplo, após o esfaqueamento de múltiplas pessoas levado a cabo por um argelino e os subsequentes motins no passado mês de Novembro, a resposta do poder político irlandês foi de “mandar calar” todos aqueles que se opõe à imigração massiva, nada fazendo contra a imigração e a consequente substituição populacional.
Recentemente, o activista britânico Sam Melia foi condenado a 2 anos de prisão por distribuir panfletos legais com frases patrióticas, um caso muito estranho em que, apesar da legalidade dos panfletos e do seu conteúdo, o juiz disse que o júri devia tomar a sua decisão com base na intenção da pessoa que os distribuiu, considerando que o acto em questão incitava ao ódio racial. Alguns exemplos de frases presentes nos panfletos eram “rejeita a culpa Branca”, “é OK ser Branco” e “ama a tua nação”. Estas frases incitam ao ódio racial? Não me parece.
Há uns anos vimos também dois outros activistas nacionalistas britânicos (entre os quais Laura Towler, esposa de Sam Melia) a ter, sem motivo aparente, as suas respectivas contas bancárias encerradas pelos respectivos bancos. Bancos esses que se recusaram a dar explicações. É este o nível de controlo que as instituições bancárias possuem. É suposto a democracia funcionar assim?
A verdade é que vivemos num sistema capitalista. Mesmo os partidos de esquerda, por muito que interfiram na acção dos privados com impostos, regulamentações e burocracia, não desejam implementar o comunismo. Com a queda da URSS caiu também o sonho comunista em Portugal, sonho esse apenas ainda presente no PCTP/MRPP, sendo que até PCP e BE acabaram por ceder às imposições do nosso tempo provenientes dos imperativos morais do capital internacional.
Não é estranho que, num sistema internacional capitalista, sempre que comunistas se organizam ou se manifestam, estes quase nunca correm o risco de ver a sua vida arruinada, o seu contrato de trabalho terminado ou a sua imagem manchada pela comunicação social? Claramente, o grande capital não teme comunistas. Aqueles que verdadeiramente incomodam são os nacionalistas.
O facto do tema da imigração ser tão polémico e abafado, é mais uma razão para falarmos dele. Pela nossa segurança e nação, chegou a hora de bater forte na tecla em que ninguém quer bater, chegou a hora de falar de imigração, chegou a hora de falar do nacionalismo que tanto medo mete ao sistema.