Joe Biden considera política de Netanyahu para a Faixa de Gaza um “erro”

O presidente dos EUA, Joe Biden, manifestou-se na terça-feira contra a política do primeiro-ministro israelita na Faixa de Gaza, qualificando-a de “erro”, e incentivou os dirigentes israelitas à conclusão de um cessar-fogo.

© Facebook / President biden

“Penso que ele [Benjamin Netanyahu] está a fazer um erro. Não estou de acordo com a sua abordagem”, disse Biden, durante uma entrevista à cadeia televisiva de língua castelhana Univision, em resposta a uma questão sobre a condução da guerra por Israel.

Este foi dos comentários mais severos do presidente norte-americano dirigido a Netanyahu, quando os EUA demonstram uma impaciência crescente perante o desastre humanitário em curso no território palestiniano atacado pelo exército israelita.

Considerou ainda “escandaloso” que a coluna humanitária da organização não governamental World Central Kitchen tenha sido tomada como alvo de um ataque israelita, que matou sete membros daquela organização.

“O que quero é que os israelitas viabilizem um cessar-fogo e autorizem, para as próximas seis ou oito semanas, um acesso total à alimentação e aos medicamentos”, na Faixa de Gaza, afirmou Biden.

Na semana passada, o presidente norte-americano falou, ao telefone, com Netanyahu, evocando pela primeira vez a possibilidade de condicionar a ajuda dos EUA a Israel à existência de medidas “tangíveis” sobre esta questão humanitária.

Biden acrescentou que tinha falado com “toda a gente, dos sauditas aos jordanos e aos egípcios”, acrescentando que “todos estão prontos” para estas medidas.

“Penso que não há qualquer desculpa para não fornecer os medicamentos e a alimentação às pessoas que precisam. Isso deve fazer-se agora”, acentuou.

Últimas de Política Internacional

Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.