Rússia inicia exercício com armas nucleares táticas

A Rússia iniciou um exercício militar com armas nucleares táticas na fronteira com a Ucrânia, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo, alegando que se trata de uma resposta a ameaças do Ocidente.

© Site Oficial da Federação Russa

Segundo o executivo de Moscovo, o exercício corresponde a uma ordem dada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no início de maio, na Região Militar Sul, na fronteira com a Ucrânia, e abrange regiões ucranianas anexadas.

“A primeira fase de exercícios (…) sobre a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas já começou”, afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado.

O Ministério da Defesa explicou que, durante esta fase, os soldados russos treinam o transporte de “munições especiais” em baterias de mísseis Iskander, e também a sua movimentação “de forma oculta” para zonas de tiro.

Esses exercícios envolvem a aviação e mísseis hipersónicos Kinzhal, segundo o comunicado.

“O exercício atual visa manter a prontidão do pessoal e do equipamento (…) para a utilização de armas nucleares não estratégicas, para responder e garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo em resposta (…) às ameaças de certas autoridades ocidentais”, disse o Ministério.

Vladimir Putin ordenou a realização destes exercícios nucleares no início de maio, em resposta, segundo o Kremlin, às ameaças ocidentais, nomeadamente à possibilidade levantada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, de enviar tropas para a Ucrânia.

Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin tem falado veementemente sobre um possível uso de armas nucleares.

A Rússia implantou armas nucleares táticas no verão de 2023 na Bielorrússia, o seu aliado mais próximo, que também anunciou em maio um exercício sincronizado com Moscovo para verificar os seus lançadores.

A doutrina nuclear russa prevê um uso “estritamente defensivo” de armas atómicas, no caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armamento convencional “ameaçando a própria existência do Estado”.

Últimas do Mundo

O Kremlin justificou esta quinta-feira os cortes cada vez mais frequentes de internet, mesmo nas regiões orientais, com a segurança nacional devido à guerra na Ucrânia.
As autoridades de saúde moçambicanas confirmaram mais dois casos positivos de mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para seis, todos na província de Niassa, norte de país, além de 23 suspeitos.
Um cidadão de nacionalidade portuguesa está entre as vítimas do incêndio num lar de idosos em Boston, Massachusetts, nos EUA. O fogo causou nove mortos.
Mais de 50 pessoas morreram nas últimas 24 horas devido às chuvas no Paquistão, informou uma agência governamental, elevando para cerca de 180 o total de mortos desde o início das monções de verão, no final de junho.
A fábrica da Venture Global, localizada no estado norte-americano do Louisiana, está atualmente em construção e será capaz de produzir até 28 milhões de toneladas de gás anualmente, quando estiver concluída.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, confirmou hoje que 21 pessoas morreram, 15 destas asfixiadas devido ao lançamento de gás lacrimogéneo, num centro de distribuição de alimentos no sul de Gaza.
Pelo menos 20 pessoas morreram quando procuravam ajuda num dos pontos de distribuição de alimentos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), no sul da Faixa de Gaza, disse hoje esta organização apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
Também foi declarada a apreensão de cerca de um milhão de euros em dinheiro e bens e a retirada de quatro passaportes para impedir que os suspeitos deixem o país.
A Google vai investir mais de três mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros) no maior acordo hidroelétrico dos EUA com a Brookfield Asset Management, anunciaram esta terça-feira as duas empresas.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, apresentou hoje a demissão ao parlamento, um dia depois de o Presidente ucraniano ter confirmado Yulia Svyrydenko como candidata ao cargo.