Ventura quer tornar CHEGA decisivo na governação da Madeira

O líder do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o partido quer tornar-se decisivo na governação da Madeira e reiterou que não fará qualquer acordo de governação com o PSD, que governa a região autónoma desde 1976.

© Folha Nacional

“Vamos ter mais deputados”, afirmou, no decurso de uma visita à Casa de Saúde São João de Deus, no Funchal, inserida na campanha para as eleições legislativas antecipadas de domingo.

O dirigente nacional encontra-se na região desde terça-feira e vai participar até sexta-feira em ações de campanha da candidatura, encabeçada por Miguel Castro, também líder do partido e do grupo parlamentar na região, composto por quatro deputados.

“O CHEGA quer tornar-se decisivo na governação da Madeira, deixando claro que não fará nenhum acordo com o PSD de Miguel Albuquerque”, disse e vincou: “Isto não quer dizer que o CHEGA, para transformar a vida de quem vive na Madeira e no Porto Santo, não queira, como tem dito o Miguel Castro e a equipa do CHEGA/Madeira, ter um peso decisivo”.

André Ventura está confiante que o partido passará a ser uma das “principais forças políticas” do arquipélago e insistiu que não fará qualquer acordo com Miguel Albuquerque, cabeça de lista social-democrata, também presidente demissionário do executivo PSD/CDS-PP, em gestão desde fevereiro.

Ventura explicou que o CHEGA entende ser “errado” que Miguel Albuquerque seja candidato nestas eleições, considerando que “não tem as condições éticas necessárias” e que “não vai garantir o combate à corrupção”, podendo até ser um “entrave nesse combate”.

Em relação à visita à Casa de Saúde de São João de Deus, um estabelecimento de referência na área da psiquiatria, saúde mental, tratamento de toxicodependências e reabilitação psicossocial no arquipélago, gerido pela Ordem Hospitaleira, André Ventura alertou para a “política de laxismo em relação às drogas”.

“Nós vamos pelo centro do Funchal e vemos toxicodependentes a toda a hora, deixados ao abandono na rua, alguns a cometer crimes, outros no meio da rua, isto é assim, talvez vá chocar algumas pessoas, mas é a verdade”, disse, afirmando que o partido pretende “reverter a legalização massiva de drogas”.

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), CHEGA, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o CHEGA quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.
O CHEGA reúne hoje à noite o seu Conselho Nacional, em Lisboa, para discutir as eleições presidenciais de janeiro de 2026, devendo a decisão ser anunciada até segunda-feira, de acordo com o líder do partido.
Ventura considera “indigno” o valor atualmente pago aos bombeiros e vai propor um aumento para cinco euros por hora, juntamente com reformas na Proteção Civil e medidas para o combate aos incêndios.
Enquanto os portugueses contam os trocos no supermercado, o Governo continua de braços cruzados. O preço do cabaz alimentar sobe como nunca, por isso, o CHEGA exige medidas concretas, porque comer deixou de ser um direito e passou a ser um luxo.
António Capelo, antigo mandatário do Bloco de Esquerda, encontra-se acusado de assédio sexual — uma situação que, segundo o CHEGA, tem merecido escassa atenção por parte da comunicação social, apesar de Capelo surgir num vídeo de campanha do candidato Manuel Pizarro.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que vai pedir uma reunião ao primeiro-ministro para definir as "linhas mestras" do próximo Orçamento do Estado e defendeu a antecipação da entrega do documento no parlamento.
A Assembleia da República manifestou hoje o seu pesar pelo "trágico acidente" com o elevador da Glória, agradeceu "a abnegação e o espírito de serviço" das equipas de socorro e manifestou solidariedade à cidade de Lisboa.