Primeiro-ministro português afasta “reconhecimento unilateral” do estado da Palestina

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou hoje, em Berlim, que Portugal não está em condições de reconhecer unilateralmente o estado da Palestina e reiterou a defesa de uma “solução política de dois estados”.

© Folha Nacional

“Portugal votou favoravelmente na Assembleia Geral das Nações Unidas o reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito desta organização (…) Relativamente a reconhecimentos unilaterais, nós não estamos em condições de o fazer, não o vamos fazer nesta oportunidade, e aguardaremos uma discussão de aprofundamento deste assunto na União Europeia”, frisou o líder do governo português.

O primeiro-ministro português chegou à Chancelaria Federal às 11:30 da manhã (menos uma hora em Portugal continental) e foi recebido pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, com honras militares. A integrar a comitiva portuguesa esteve também Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros português.

O conflito no Médio Oriente foi um dos temas em cima da mesa, revelando o primeiro-ministro que Portugal tem preconizado uma “solução política de dois estados”, Israel e Palestina, e considerando urgente que seja desbloqueada a ajuda humanitária.

“É um imperativo de humanidade aquele que hoje está diante de todos para que a ajuda possa chegar”, acrescentou.

Olaf Scholz também defendeu uma “solução negociada”, garantindo que a Alemanha “não vai reconhecer o estado palestiniano agora porque não há fronteiras definidas”.

“A prioridade é termos um cessar-fogo e o compromisso dos dois lados de que este será cumprido”, apontou o chanceler alemão.

Questionado sobre o pedido de mandado de detenção feito pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra líderes do Hamas e governantes israelitas, Montenegro revelou não querer pronunciar-se sobre um caso concreto.

“Os mandatos são para cumprir, aguardarmos as decisões e dar-lhe-emos a devida sequência”, concretizou.

A visita oficial à Alemanha foi a segunda realizada por Luís Montenegro desde que é primeiro-ministro, tendo a primeira sido em Espanha, com um encontro com o presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez.

Últimas de Política Nacional

André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.