“Nós defendemos a Ucrânia, eu saúdo a vinda do Presidente Zelensky a Portugal, se estivesse em Lisboa, e isso fosse possível, estaria na primeira linha para o receber e para o aplaudir”, afirmou.
André Ventura considerou que o Presidente ucraniano “tem feito um trabalho heroico” e “é um herói dos nossos tempos”.
O líder do CHEGA falava aos jornalistas antes de acompanhar os candidatos do partido às eleições europeias numa arruada em Albufeira.
Sobre o acordo de cooperação e segurança bilateral que na terça-feira será assinado em Lisboa, Ventura disse que poderá passar por apoio a nível militar, económico, além de médico e humanitário, mas recusou-se a apoiar o envio de militares portugueses a combater na Ucrânia.
O presidente do CHEGA defendeu que “derrotar a Rússia nesta guerra é fundamental”, considerando que se esse cenário se verificar “é a Europa que vence”.
André Ventura disse também que a Ucrânia “deve entrar” na União Europeia, “mesmo que isso tenha custos, como terá, para os fundos de coesão e para a agricultura”.
Questionado sobre o grupo político europeu em que o CHEGA se insere contar com vários partidos pró-Rússia, o líder sustentou que “há posições diferentes dentro do ID mas isso é bom”.
“É sinal que não somos um partido de diretório central em que alguém manda e nós ajoelhamos”, acrescentou.
André Ventura acusou ainda o “diretório de Bruxelas”, nomeadamente a atual cúpula da Comissão Europeia de ter andado “durante anos a suportar Putin e agora, quando começou a guerra na Ucrânia, fingiu que nunca o conheceu”
“Se olhar ara trás, a atual líder da Comissão Europeia não é assim tão distante de quem manda em Berlim e quem manda em Berlim tem uma relação energética com a Rússia que é fácil de perceber”, sustentou.
O cabeça de lista do CHEGA às eleições europeias de 09 de junho foi questionado na ocasião como vão os eurodeputados do partido votar se o grupo europeu no qual estarão inseridos apresentar um voto contra a entrada da Ucrânia na União Europeia.
António Tânger Corrêa garantiu que o partido continuará a defender em Bruxelas o mesmo que tem defendido, o “apoio à Ucrânia” e o alargamento da União.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estará em Portugal na terça-feira, sendo recebido pelo Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, acedendo a um convite feito em agosto de 2023.
De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, divulgada simultaneamente pelo gabinete do primeiro-ministro, “a visita de trabalho do Presidente Zelensky insere-se na intenção partilhada de aprofundar as excelentes relações entre os dois estados, com enfoque particular no reforço da cooperação no domínio da segurança e defesa”.
De acordo com a mesma nota conjunta, esta visita de Zelensky “será ainda uma oportunidade para reiterar o compromisso de Portugal para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como com a manutenção do apoio político, militar, financeiro e humanitário a Kiev”.