Muitos falam sobre o 25 de Novembro de 1975, mas poucos passaram por lá, ou têm uma noção do que foi realmente o PREC.
Foram 578 dias de terror!
Populares de extrema-esquerda aliados a militares do mesmo sentido político, saquearam propriedades privadas com armas apontadas à cabeça dos proprietários, inocentes presos e torturados acusados de pertencerem à PIDE, automóveis com famílias a serem obrigados a pararem em barricadas “populares” armadas e verem os seus pertences revistados, a famosa “lista da Páscoa” onde constavam as pessoas a serem abatidas no Campo Pequeno, eu próprio a receber da mão de Otelo Saraiva de Carvalho um mandato de captura para o meu pai. Tudo isto, com o “Amém” do primeiro-ministro, Vasco Gonçalves, um extremista que incitou ao ódio e à violência.
Eu vi, eu assisti, eu sofri.
O 25 de Novembro de 1975 trouxe uma viragem decisiva. Liderados por Ramalho Eanes e Jaime Neves, um grupo de corajosos militares interrompeu o processo revolucionário que conduzia Portugal a uma nova forma de ditadura. A intervenção destes militares foi crucial para impedir que Portugal se tornasse um país satélite da União Soviética.
É imperativo reconhecer o 25 de Novembro como o dia em que a democracia prevaleceu sobre o extremismo. Sem a coragem daqueles que agiram em 1975, os valores democráticos de hoje teriam sido perdidos.
O projeto de lei do CHEGA de instituir o 25 de Novembro como feriado nacional era a garantia de que este episódio crucial da nossa história não fosse esquecido. Era a homenagem aos militares e civis que lutaram para proteger a nossa democracia e de lembrar às futuras gerações a importância de defender as liberdades fundamentais. Infelizmente, PSD e restante esquerda votaram contra, com a abstenção da Iniciativa Liberal.
Instituir o 25 de Novembro como feriado nacional, seria não só reconhecer o sacrifício daqueles que nos precederam, mas também reforçar a importância de um compromisso contínuo com a democracia. Celebrar esta data é celebrar a coragem, a determinação e o compromisso com os valores democráticos, que definem a nossa Nação.
