Ventura diz que há dirigentes do PSD que “corariam de vergonha” com apoio de Montenegro a Costa para Conselho Europeu

Líder do CHEGA referiu-se ao antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho como alguém que coraria de vergonha com apoio de Montenegro a Costa.

© Folha Nacional

O líder do CHEGA considerou esta quarta-feira haver dirigentes do PSD que “corariam de vergonha” com o apoio do primeiro-ministro à candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu, tendo Luís Montenegro admitido qualidades ao ex-chefe do governo socialista.

No debate quinzenal, na Assembleia da República, André Ventura respondeu à referência à sua militância no PSD antes de formar o CHEGA , feita pelo primeiro-ministro, quando referiu que antigamente agitava a bandeira social-democrata atrás de si.

“Não era só atrás de si, era atrás de outro primeiro-ministro que coraria de vergonha com o seu apoio a António Costa hoje em dia”, afirmou, referindo-se ao antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

O presidente do CHEGA acrescentou que existem “outros que se hoje olhassem para o líder do PSD” e o ouvissem dizer que o antigo primeiro-ministro socialista “tem grandes qualidades de governo e de governação corariam de vergonha”.

“A história registará que liberais, socialistas e sociais-democratas se uniram para apoiar António Costa quando aqui o quiseram derrubar”, afirmou.

Na resposta, o primeiro-ministro salientou que fez oposição aos governos de António Costa “do primeiro ao último dia”, primeiro enquanto líder parlamentar do PSD, entre 2015 e 2017, e mais recentemente como presidente do PSD.

“Significa isso que eu não tenho condições para reconhecer as suas características enquanto político, que não tenho condições para reconhecer as suas capacidades para estar à altura de uma função que é de conciliação, de agregação de famílias políticas diferentes”, questionou.

Luís Montenegro disse também a André Ventura que enquanto “não tiver capacidade para perceber isto, não percebe nada e não vai conseguir o objetivo que quer para o seu percurso político”.

Últimas de Política Nacional

O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.