Ataque israelita mata dois membros do Hamas no Líbano

Ataques israelitas mataram hoje dois elementos do Hamas, anunciaram o grupo militante e as forças de defesa israelitas.

© Facebook Israel Reports

 

Segundo o Hamas, um ataque de Israel a um campo de refugiados no norte do Líbano matou Saeed Atallah Ali e a sua família.

A organização, considerada terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e outros países, afirma que o “bombardeamento sionista” atingiu a casa de Saeed Atallah Ali no campo de refugiados palestinianos de Beddawi, a norte da cidade de Tripoli.

Segundo a AFP, trata-se do primeiro ataque visando o norte do Líbano desde a escalada com o Hezbollah.

O ataque desta madrugada ocorreu um dia depois de um outro ataque aéreo israelita ter cortado uma estrada principal que liga o Líbano à Síria, deixando duas enormes crateras de cada lado da estrada.

Entretanto, as Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Autoridade de Segurança de Israel (ISA) emitiram um comunicado conjunto, no qual anunciam ter “eliminado dois terroristas de topo da ala militar do Hamas no Líbano”.

“No início do dia de hoje, numa operação conjunta das IDF e da ISA, a IAF (Força Aérea Israelita) atingiu e eliminou o terrorista Muhammad Hussein Ali al-Mahmoud, que era a autoridade executiva do Hamas no Líbano e dirigia as atividades terroristas na Judeia e na Samaria”, designação israelita para Cisjordânia, indica o comunicado.

Segundo os militares israelitas, nos últimos anos Muhammad promoveu atividades terroristas contra israelitas e foi responsável pelo “entrincheiramento” do Hamas no Líbano, utilizando-o para fornecer armas para ataques com ‘rockets’ contra Israel e “para tentar fabricar armamento avançado”.

“Numa outra operação das IDF e da ISA, realizada durante a noite de sábado na zona de Tripoli, no Líbano, foi eliminado o terrorista Said Alaa Naif Ali, membro sénior da Ala Militar do Hamas no Líbano”, acrescenta a nota.

Num outro comunicado, o Hamas anunciou a morte de “Mohammad Hussein al-Lawis”, num ataque israelita na região de Saanayel (leste).

Desde o início da guerra em Gaza, Israel tem como alvo no Líbano responsáveis do Hamas, que já anunciou a morte de cerca de vinte dos seus membros.

No dia 30 de setembro, Fatah Charif Abou al-Amine, o chefe do Hamas no Líbano, foi morto com sua família num ataque atribuído a Israel contra sua casa no campo de refugiados palestinianos de al-Bass, no sul do país.

No dia 02 de janeiro, o número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto perto de Beirute num ataque também atribuído a Israel.

A Jamaa Islamiya, originária da corrente dos Irmãos Muçulmanos e alvo de várias ofensivas israelitas desde 08 de outubro, também anunciou a morte de um de seus membros, Ali Muhammad al-Hajj, num ataque israelita visando a sua casa na região de Rachaya (leste).

Também hoje, um responsável do Hezbollah afirmou que o contato com Hachem Safieddine, cujo nome circulava como potencial sucessor do chefe do movimento pró-iraniano Hassan Nasrallah, foi “perdido” desde os ataques israelitas que na sexta-feira visaram o reduto do Hezbollah perto de Beirute.

“Não sabemos se ele estava presente no local alvo dos ataques, nem quem estava com ele”, acrescentou à AFP uma fonte do Hezbollah, sob anonimato.

Israel iniciou na terça-feira uma incursão terrestre no Líbano contra o grupo militante Hezbollah. O exército israelita declarou que nove soldados morreram em combates no sul do Líbano.

Israel e o Hezbollah têm trocado tiros através da fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque transfronteiriço do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que matou 1.200 israelitas e fez 250 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo militante Hamas e desde então já matou mais de 41.000 civis palestinianos, mais de metade dos quais eram mulheres e crianças, bem como cerca de 2.000 pessoas no Líbano, a maioria desde 23 de setembro, de acordo com as autoridades locais.

Últimas do Mundo

O antigo primeiro-ministro malaio Najib Razak foi hoje condenado a 15 anos de prisão por corrupção no fundo de investimento estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).
A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio.
A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.