Sindicato aponta para mais de 90% de adesão à greve dos farmacêuticos do SNS

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) anunciou hoje que a greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) regista uma adesão de mais de 90% a nível nacional.

© D.R.

“Os dados são semelhantes aos de ontem [quarta-feira]. Ontem, tínhamos acima dos 90%. Na Madeira tivemos 96%”, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Henrique Reguengo, dando conta de uma concentração de cerca de 150 farmacêuticos junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Os farmacêuticos estão hoje no último de três dias de greve para contestar o impasse nas negociações com a tutela, depois de ter sido adiada uma reunião prevista para o início do mês.

“Tínhamos uma reunião marcada para 02 de outubro que foi adiada por motivos de agenda do Ministério da Saúde, o que é compreensível. O que não é compreensível é estarmos em 24 de outubro e não haver reunião marcada para continuar o processo negocial”, recordou Henrique Reguengo.

Segundo a estrutura sindical, os farmacêuticos sentem-se discriminados face aos médicos e aos enfermeiros.

O sindicato recordou que a grelha salarial dos farmacêuticos data de 1999 e que os cerca de mil profissionais que exercem no SNS gerem a segunda maior fatia do orçamento da Saúde e conseguem, pela gestão de fármacos, uma poupança anual que “só por si pagaria o aumento”.

Em frente ao Ministério da Saúde, o dirigente sindical disse que os farmacêuticos apenas “estão a fazer barulho para serem ouvidos”.

“Estamos há seis meses em negociações com o Ministério da Saúde. O problema é que o Ministério ouve pouco. Até agora não foi capaz de apresentar uma proposta para podermos negociar”, vincou.

Em declarações à Lusa no início do mês, Henrique Reguengo defendeu que a intervenção farmacêutica é cada vez mais complexa e necessária e que, desta forma, o SNS vai ter cada vez menos pessoas interessadas na profissão, sublinhando que alguns internos já estão a sair.

“Os farmacêuticos, para já, têm uma empregabilidade de 100%. Se não vierem para o SNS, vão para outro sítio onde lhes paguem como merecem”, concluiu.

Últimas do País

A ULS Amadora-Sintra abriu um inquérito interno ao caso divulgado pela Polícia Judiciária de um alegado abuso sexual de uma utente no Hospital Fernando Fonseca, envolvendo dois internados, anunciou hoje a instituição.
As infeções respiratórias graves continuam a aumentar em Portugal, sobretudo em idosos e crianças, com aumento de casos de gripe nos cuidados intensivos na semana passada e excesso de mortalidade por todas as causas, revelou hoje o INSA.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 19 pessoas que conduziam com excesso de álcool no sangue, durante o primeiro dia da operação Natal e Ano Novo 2025/2026, que arrancou na quinta-feira e e que já regista um morto.
O bacalhau deverá ficar mais caro já no próximo ano, face à redução de quotas no Mar de Barents e ao contexto internacional, segundo as estimativas da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 84 pessoas no primeiro dia da operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança 2025-2026, entre elas 15 por condução em estado de embriaguez e 12 por conduzirem sem carta.
Quatro serviços de urgência hospitalares de Ginecologia e Obstetrícia vão estar encerrados no sábado, subindo para cinco no domingo, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde.
O CHEGA elegeu nas últimas eleições autárquicas 13 presidentes de junta. Se um dos temas da campanha foi a ‘imigração’, a ‘passagem de atestados de residência sem qualquer controlo’ foi o tema e uma das grandes bandeiras dos autarcas do CHEGA.
Felicidade Vital, deputada do CHEGA, acusa o Governo de promover um verdadeiro retrocesso nos direitos das mulheres através do novo pacote laboral. A deputada alerta que o diploma fragiliza vínculos, alarga horários e facilita despedimentos num mercado onde “as mulheres já concentram os salários mais baixos e os contratos mais instáveis”, classificando a reforma como um ataque direto à maternidade, à conciliação entre vida profissional e familiar e à autonomia feminina.
A Linha SNS 24 atendeu desde o início de dezembro cerca de 307 mil chamadas, um aumento de 17% face ao mesmo período do ano passado, e o tempo médio de espera foi de 10 minutos.
A estrutura de missão da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA), criada para regularizar processos em atraso, termina no final do ano com um saldo positivo de 62 milhões de euros.