Carlos Moedas alerta para aumento da violência dos crimes em Lisboa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), manifestou-se hoje preocupado com a insegurança na capital, sublinhando que dispõe de informação de que os crimes têm sido cometidos com "cada vez mais violência".

© Facebook de Carlos Moedas

“Sempre estive preocupado com a segurança em Lisboa desde há três anos. Algo que é claro nos relatórios é que os crimes que são cometidos, são cometidos com mais violência”, afirmou o autarca, salientando que em 2010 existiam oito mil polícias e hoje 7.700.

Carlos Moedas, que falava esta tarde aos jornalistas à margem da cerimónia da Abertura do Ano Judicial, que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, recusou-se a comentar os episódios mais recentes de violência ocorridos na zona do Martim Moniz, assim como a polémica operação da PSP, ocorrida em 19 de dezembro, na Rua do Benformoso.

“É uma pergunta que tem de ser feita à polícia e aos protocolos da polícia. Para mim, como presidente da Câmara estarei ao lado daquilo que é a segurança na cidade”, apontou.

Desacatos ocorridos no domingo na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, causaram sete feridos, todos estrangeiros em situação regular no país.

Em 19 de dezembro, uma operação policial ocorrida na mesma rua gerou polémica, após terem sido divulgadas imagens de dezenas de imigrantes encostados às paredes dos prédios, para serem revistados.

A operação resultou na detenção de duas pessoas e já teve como consequência a abertura de um inquérito por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna e uma queixa à provedora de Justiça, subscrita por cerca de 700 cidadãos, entre eles deputados do PS, Bloco de Esquerda e Livre.

Já este sábado, milhares de pessoas participaram numa manifestação contra o racismo e xenofobia, denominada “Não nos encostem à parede”, em protesto contra a atuação da polícia nesta zona do Martim Moniz.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.