Secretário-geral da NATO vai encontrar-se hoje com Marcelo e Montenegro

O secretário-geral da NATO vai encontrar-se hoje em Lisboa com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional.

© Facebook de Mark Rutte

Na quinta-feira, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) anunciou que Mark Rutte, ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, estaria hoje em Portugal e também em Espanha, onde irá reunir-se com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Em Portugal, estão previstas declarações conjuntas do secretário-geral da NATO e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, pela hora de almoço, devendo Mark Rutte ser recebido ao final da manhã pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

A chegada do secretário-geral da NATO à residência oficial do primeiro-ministro está prevista para as 12h15, seguindo-se um almoço de trabalho, no qual participam também o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e o representante permanente de Portugal junto da NATO, Paulo Vizeu Pinheiro, bem como vários responsáveis da Aliança Atlântica.

A viagem de Mark Rutte faz parte dos contactos que o secretário-geral da Aliança Atlântica promove junto dos Estados-membros, nomeadamente para começar a preparação da cimeira da NATO, que este ano se realiza em Haia.

Portugal é um dos países fundadores da NATO, organização político-militar que foi criada em 04 de abril de 1949.

Entre os temas a abordar nesta deslocação deverá estar o repto feito por Mark Rutte para que os Estados-membros invistam mais em defesa, mas também a posição defendida pelo novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que exige um investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa na ordem dos 5%.

Portugal comprometeu-se com a meta de atingir os 2% do PIB em defesa em 2029, mas o primeiro-ministro já admitiu que Portugal poderá ter de atualizar “a breve prazo” os seus objetivos de investimento em Defesa.

No entanto, numa recente deslocação a Berlim, Luís Montenegro afirmou que um gasto de 5% do PIB para os países da NATO “não é exequível” a curto ou médio prazo.

“Naturalmente não é exequível no curto prazo, nem no médio prazo, um rácio desses em termos de despesa ‘versus’ o Produto Interno Bruto. É preciso termos a noção de que é compreensível que se peça aos estados aliados um esforço maior numa altura onde a resposta também tem de ser maior”, apontou, reiterando a mensagem de que o investimento em Defesa também pode e deve ter retornos económicos.

Num debate quinzenal no parlamento em dezembro, em resposta ao PCP, o primeiro-ministro comprometeu-se a não cortar “em nenhum dos serviços públicos essenciais” para aumentar o investimento em Defesa, salientando que pretende “fazer uma gestão mais eficiente de todos os setores da administração pública”.

Na sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sustentou, a propósito da visita a Portugal do secretário-geral da NATO, que o importante é o contributo da Europa no seu conjunto para a defesa, e não de cada país.

Marcelo Rebelo de Sousa disse apoiar “a posição que foi defendida pela presidente da Comissão Europeia [Ursula von der Leyen] e pelo presidente do Conselho Europeu [António Costa]” sobre esta matéria, que qualificou como sensata.

“É a seguinte: o que se tem é de olhar para o conjunto dos países europeus e saber se, no conjunto, eles sobem, se eles cumprem os 2% e se estão em condições, mais tarde ou agora, de subir acima disso, no conjunto — em vez de estar a analisar um a um se cumprem ou não os 2% e se, mais tarde, podem subir para 3%”, referiu o chefe de Estado.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.
O IRS está a surpreender pela negativa. Muitos portugueses estão a receber menos e alguns até a pagar. André Ventura fala em “fraude” e acusa Montenegro de ter traído a promessa de baixar impostos.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva no qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.
O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.