Plano de Trump para Gaza pode “mudar a história”

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que o plano de Trump para a Faixa de Gaza é uma ideia que "pode mudar a história".

© Facebook de Benjamin Netanyahu

“Estamos a falar sobre o assunto, ele [Trump] está a estudá-lo com o seu pessoal, a sua equipa”, explicou o primeiro-ministro israelita, citado pela agência France-Presse (AFP).

“Penso que é algo que pode mudar a história. E vale a pena tentar”, acrescentou.

No final do encontro com Benjamin Netanyahu, Donald Trump disse que quer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza e reconstruam o território, depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.

Trump não excluiu a possibilidade de enviar tropas norte-americanas para apoiar a reconstrução de Gaza e considerou que a participação dos EUA será de “longo prazo”.

O primeiro-ministro israelita disse ainda que um acordo para normalizar as relações entre a Arábia Saudita e Israel “vai acontecer”. A posição foi também manifestada por Trump: Acredito que a paz entre Israel e a Arábia Saudita não é apenas viável, acredito que vai acontecer”, disse.

No início da reunião, o Presidente norte-americano já tinha sugerido que os palestinianos deslocados em Gaza fossem reinstalados “permanentemente” fora do território devastado pela guerra.

“Não acho que as pessoas devam regressar”, disse Trump, citado pela agência Associated Press (AP). “Não se pode viver em Gaza neste momento. Acho que precisamos de outro local. Penso que deve ser um local que faça as pessoas felizes”, acrescentou.

Questionado sobre quantos palestinianos deveriam ser realojados, Trump respondeu: “Todos eles. Provavelmente 1,7 milhões, talvez 1,8 milhões. Mas penso que todos. Seriam reinstalados num local onde possam ter uma vida bonita”, disse citado pela EFE.

O Presidente dos EUA Trump descreveu ainda a Faixa de Gaza como um “local de demolição” e disse, que, depois de olhar “de todos os ângulos” para as fotografias do enclave, após a guerra com Israel, chegou à conclusão de que “aquele lugar é um inferno, é muito perigoso e ninguém pode viver lá”.

Esta primeira visita de um líder estrangeiro neste segundo mandato de Trump ocorre num momento em que o apoio a Benjamin Netanyahu está a diminuir em Israel. O primeiro-ministro israelita enfrenta pressões da sua coligação de direita para pôr fim às tréguas temporárias em Gaza e dos israelitas cansados da guerra, que querem que os restantes reféns regressem a casa e que o conflito, que dura há 15 meses, termine.

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