Alimentação dos bovinos determina sustentabilidade da produção

Um estudo liderado por investigadores do Instituto Superior Técnico, publicado na revista 'Environmental Impact Assessment', lança novos ângulos sobre a sustentabilidade da criação de bovinos, concluindo que a alimentação destes animais determina se é ambientalmente melhor pastoreio ou confinamento.

© D.R.

O artigo científico ‘Pastoreio ou confinamento — Descodificar a pegada ambiental da carne de bovino’, dos investigadores do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Ciências, Ricardo Teixeira, Tiago Morais e Manuel dos Santos, foca-se em estratégias de produção pecuária mais sustentável.

As emissões de gases com efeito de estufa da produção de carne bovina podem variar entre 124 kg e apenas 15 kg de dióxido de carbono (CO2) e por 100 g de proteína, dependendo do sistema de produção adotado, segundo o estudo.

Sistemas baseados em pastoreio tendem a ter menores emissões do que os sistemas de confinamento apenas quando os animais recebem suplementação nutricional adequada, argumentam os investigadores.

Se os animais em pastoreio não forem devidamente alimentados, o confinamento pode ser a opção com menor pegada de carbono, defendem, desafioando a ideia generalizada de que a produção em pastoreio é sempre mais sustentável.

O estudo também destaca a importância da escolha da raça, uma vez que algumas têm naturalmente uma menor pegada ambiental, explicam.

O principal autor do estudo, Ricardo Teixeira, em comunicado divulgado, disse que nem sempre é compreendido que este impacto ambiental tem uma enorme variabilidade.

As diferentes raças de bovinos crescem a ritmos distintos e podem ser alimentadas com cereais próprios para consumo humano ou com fontes alternativas, como erva ou subprodutos da indústria agroalimentar, além disso os animais podem ser criados em pastagens ou em confinamento, argumentam.

“Até agora, era difícil perceber como estas diferentes práticas afetam a pegada de carbono da carne bovina”, afirmou Ricardo Teixeira.

Últimas do País

O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) avalia os quase dois anos de expansão das Unidades Locais de Saúde (ULS) como “acidentados” num país onde as assimetrias criaram integração de cuidados “muito diferente nos vários locais”.
Elementos do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto terminaram ao início desta manhã de realizar buscas a “várias residências dos Super Dragões no distrito do Porto, avançou fonte da PSP do Porto.
A Polícia Judiciária está a realizar hoje buscas na Câmara Municipal de Coruche, no distrito de Santarém, confirmou à Lusa a força de segurança, sem revelar mais pormenores sobre a operação.
No último dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, a proposta do CHEGA foi aprovada com votos a favor do PSD e CDS-PP, votos contra de PS, PCP, BE, Livre e PAN e abstenção da IL.
O parlamento aprovou hoje duas propostas de alteração do CHEGA sobre a construção de autoestradas, em Coimbra e Castelo Branco, bem como uma iniciativa para o lançamento da obra do IC6 em Seia.
A Associação Nacional de Escolas de Condução Automóvel (ANIECA) alertou esta quarta-feira para a escalada de fraudes nos exames práticos e teóricos de condução, com recurso a equipamentos escondidos ou até "duplos", e exigiu medidas imediatas para travar a escalada.
Portugal prepara-se para entrar no grupo dos países com as leis da nacionalidade mais duras de toda a União Europeia. Se as alterações aprovadas no Parlamento, e agora sob escrutínio do Tribunal Constitucional, avançarem, será mais fácil tornar-se francês, alemão, belga ou sueco do que obter o cartão de cidadão português.