Chega anuncia que votará contra eventual moção de confiança ao Governo

O presidente do CHEGA anunciou hoje que o partido votará contra uma eventual moção de confiança que seja apresentada pelo Governo, argumentando que o primeiro-ministro "não respondeu a nenhuma das questões fundamentais".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, transmitidas pela RTP, o presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou que, embora não tenha reunido com os órgãos do partido, é “consensual e incontornável o sentimento de que é impossível viabilizar a confiança de um primeiro-ministro com este grau de suspeição sobre si próprio”.

“Se o fizéssemos estaríamos a trair tudo aquilo em que acreditamos. Estaríamos a trair toda a história que defendemos e que levou, por exemplo, à queda do governo de Miguel Albuquerque na Madeira”, acrescentou André Ventura.

André Ventura disse também que Montenegro “não respondeu a nenhuma das questões fundamentais que o país, a oposição, os jornalistas, o escrutínio democrático exigiam que respondesse hoje”.

Ventura disse ainda que o primeiro-ministro Luís Montenegro tem “gosto pelo desastre” por querer “ocultar tudo aquilo” por que está a ser escrutinado e “achar que se pode cobrir tudo com um manto de futuras eleições ou de uma futura confiança”.

“Esta é uma crise provocada pela sua falta de transparência, pela sua falta de honestidade e ética e pela miserável tentativa final de manipular os portugueses apelando a sentimentos familiares e pessoais”, atirou.

O primeiro-ministro admitiu hoje avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecerem se consideram que o executivo “dispõe de condições para continuar a executar” seu o programa.

Últimas de Política Nacional

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.