Parlamento aprova retoma dos trabalhos da comissão de inquérito ao caso das gémeas

A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um projeto de resolução para retomar os trabalhos da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, que estavam suspensos desde o dia 06 de março.

© Folha Nacional

O projeto de resolução foi apresentado pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e visa permitir que o parlamento possa deliberar, antes da sua eventual dissolução, sobre a proposta de relatório preliminar apresentada pelo Chega.

Esta manhã, o porta-voz da conferência de líderes, o deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira, referiu que o projeto de resolução tem como finalidade transformar esse relatório preliminar num relatório definitivo, após discussão em sede de comissão de inquérito.

O social-democrata disse ainda que, embora seja uma possibilidade, a discussão do relatório em plenário não é obrigatória.

Questionado sobre se este levantamento permitirá que a comissão se reúna já depois de o parlamento ser dissolvido, o porta-voz da conferência de líderes começou por exemplificar que a intenção é que a comissão reúna antes da dissolução da Assembleia da República, mas deixou em aberto que possa não ser assim, sublinhando que não tem dados suficientes para adiantar o que vai acontecer.

“Não excluo a possibilidade que essa reunião possa eventualmente acontecer num quadro de dissolução da Assembleia da República. Não tenho elementos jurídicos para que possa afirmar num ou no outro sentido”, acrescentou, numas declarações aos jornalistas em que indicou que o parlamento alterou os seus trabalhos preparando-se para uma eventual dissolução esta sexta-feira.

Caso a venha a ser decretada pelo Presidente da República, a comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas corre o risco de terminar sem conclusões, uma vez que pode não existir votação. PSD, PS, BE, CDS-PP e Livre já criticaram a proposta de relatório apresentada pelo Chega, apontando uma partidarização dos factos relatados.

Os trabalhos da comissão de inquérito estavam suspensos por três semanas desde 06 de março, por proposta do PSD após o Chega ter falhado por três vezes o prazo para entrega do relatório preliminar.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, fez hoje um “apelo final” ao Presidente da República para que adie a reunião do Conselho de Estado para a semana seguinte à segunda volta das presidenciais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje a proibição dos maquinistas conduzirem sob o efeito do álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.
O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.