Um exemplo disso ocorreu em 2022, quando Jorge Pires, membro do grupo de coordenação do Núcleo Territorial da IL de Cascais, se referiu a António Costa como “monhé”.
“O monhé ficou bravo, deve ter sido pelos negócios do marido da amiga e pelo estado em que tem o país dele, que é um espetáculo, e achou por bem ir buscar espantalhos ingleses. Nunca mudes, que há ainda muito otário disponível para votar em ti”, escreveu Jorge Pires na rede social X (antigo Twitter).
Este tipo de comportamento parece ser recorrente dentro da IL, uma vez que, no Instagram, o partido respondeu ao comentário de um seguidor que se dizia desiludido com o partido com: “woke é a tua prima”.
Talvez se tenham inspirado no seu líder, Rui Rocha, conhecido pelos seus tweets insultuosos dirigidos a várias figuras da política. Um exemplo disso é a publicação que fez em 2021: “Petição para levar Eduardo Cabrita ao Panteão em vida” — uma referência polémica, dado que o Panteão Nacional é o local onde estão sepultadas figuras ilustres da história do país.
Palavras como “merd*”, “filhos da put*” e “palerma” são apenas alguns dos insultos que se encontram facilmente numa pesquisa pelo perfil de Rui Rocha na rede social X.
A contradição entre a defesa pelo respeito e os frequentes episódios de desrespeito levanta questões sobre a coerência da IL no debate político.