Ventura acusa Governo de eleitoralismo e classifica notificações a estrangeiros como “piada de mau gosto”

O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de eleitoralismo e classificou as notificações para mais de quatro mil estrangeiros abandonarem o país como "piada de mau gosto", defendendo que apenas o seu partido quer controlar efetivamente a imigração.

© Folha Nacional

“As pessoas não se deixam enganar por eleitoralismo. O CHEGA esteve um ano sozinho, praticamente, no parlamento, a dizer que é preciso controlar a imigração, que estávamos a atingir números impossíveis de sustentar para o país”, afirmou o líder do CHEGA em declarações aos jornalistas na feira agropecuária Ovibeja, que está a decorrer em Beja.

André Ventura disse que “o PSD não aceitou isso” e inviabilizou propostas do CHEGA como a introdução de quotas à entrada de imigrantes ou a realização de um referendo.

“Vir falar disto é uma piada de mau gosto, é eleitoralismo de mau gosto, mas sobretudo é gozar com um tema sério. E eu acho que as pessoas já não se deixam enganar e no dia 18 saberão que só houve um partido e um líder que quiseram efetivamente controlar a imigração e que se comprometem a fazer um controlo, não contra os imigrantes, mas um controle de uma imigração regulada, que permita ajudar o país, mas sem destruir o país. E sabem que esse político sou eu, não é Luís Montenegro”, defendeu.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, confirmou hoje que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias.

Últimas de Política Nacional

A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.