“Continuo a tomar nota negativa da presença de nomes como o Rui Rio como parte estruturante desta campanha. Rui Rio é um homem que divide, não é um homem que agrega”, criticou.
Falando aos jornalistas na Assembleia da República, após o arranque da primeira sessão plenária da nova legislatura, o líder do CHEGA disse não “parece muito razoável que se tenha Rui Rio como mandatário de uma candidatura que quer defender o interesse nacional e sobretudo que quer defender uma espécie de valores da matriz portuguesa”.
“Rui Rio não representou isso. Rui Rio liderou um PSD à esquerda, na zona e na área do PS, e ia destruindo o PSD. Aliás, também é preciso dizê-lo, eu saí do PSD muito por causa da liderança de Rui Rio”, indicou.
O ex-líder do PSD e presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, foi anunciado no sábado como mandatário nacional da candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República.
André Ventura criticou também o apoio do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, a Gouveia e Melo, apelando ao candidato que reavalie.
O líder do CHEGA disse também que “houve elementos positivos” na entrevista do candidato presidencial na segunda-feira à noite.
“Tomei boa nota de algumas palavras que o almirante Gouveia Melo transmitiu, nomeadamente em termos de não ser um bloqueio ao CHEGA no crescimento eleitoral, dizendo também que respeitaria a vontade dos portugueses caso a vontade dos portugueses seja de dar uma maioria ao CHEGA”, referiu.
André Ventura remeteu também para as próximas semanas uma decisão sobre o que o CHEGA fará nas eleições presidenciais de janeiro do próximo ano, se apresentará um candidato próprio ou apoiará outro.
“Em breve teremos novidades”, disse. Questionado sobre qual é o calendário do CHEGA nessa matéria, respondeu apenas “umas semanas talvez”.