Líderes europeus e Zelensky tiveram reunião “construtiva” com Trump

O chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que a reunião virtual que líderes europeus e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, hoje mantiveram com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a guerra na Ucrânia foi “construtiva”.

©Facebook.com/DonaldTrump

Segundo o chefe do Governo alemão, que promoveu as conversações de hoje, a Ucrânia – país invadido pela vizinha Rússia a 24 de fevereiro de 2022 e onde desde então decorre uma guerra – “deve estar à mesa” das negociações, após a cimeira entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, agendada para a próxima sexta-feira, 15 de agosto, numa base militar em Anchorage, no Estado norte-americano do Alasca.

Em declarações à imprensa em Berlim, ao lado de Zelensky após a videoconferência, Merz defendeu também que as negociações devem decorrer na ordem correta, a começar por um cessar-fogo, e afirmou que poderão ser tomadas “decisões importantes” em Anchorage, salientando, contudo, que “os interesses fundamentais da segurança europeia e ucraniana devem ser protegidos” na reunião.

“O Presidente Trump sabe que pode contar connosco para uma paz que tenha em conta os interesses europeus e ucranianos”, declarou o chanceler alemão, no final da reunião da chamada liga dos voluntários (Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia) com Trump.

Merz sublinhou também que do Alasca pode sair algo de positivo, mas advertiu de que, se a parte russa se mantiver inamovível, a pressão sobre Moscovo deve ser aumentada.

“Se não houver uma ação por parte da Rússia no Alasca, a Europa e os Estados Unidos terão de aumentar a pressão”, sustentou.

Segundo Merz, houve acordo entre Trump e os europeus em praticamente todos os pontos e metas a atingir.

“Foram debatidos com o Presidente Trump todos os aspetos da posição europeia, e ele pode contar com o nosso apoio”, salientou.

O chanceler alemão defendeu também que, embora Kiev esteja disposta a discutir questões territoriais, a base deve ser a atual linha de contacto e que “deve ser mantido o princípio de que as fronteiras não podem ser alteradas pela força”.

No início da sua intervenção, Merz recordou que hoje se assinala o 64.º aniversário da construção do muro de Berlim, que se tornou um símbolo da divisão da Europa, só destruído em 1989.

“No entanto, essa ferida está novamente aberta desde 2022, com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, observou.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.