Hoje, os novos aristocratas, órfãos de velhas tiranias e pedintes de novas, embarcam em naus cuja rota humanitária não segue a urgência dos famintos, mas o capricho dos influencers.
Cuidadosamente traçada, a rota respeita escrupulosamente a ordem dos prazeres: primeiro o Instagram, depois o Levante; primeiro Ibiza, depois Gaza; primeiro o espetáculo, depois o “genocídio”.
Cada palestiniano, devidamente estetizado, e cada israelita, devidamente desumanizado, servem apenas de espelhos onde os Narcisos a bordo contemplam a sua própria superioridade moral.
‘Che Guevaras’ do mar, atracam nas praias mediterrânicas debaixo de palmas, imaginando-se a desembarcar nas praias da Normandia debaixo de bombas. Parasitas do sofrimento alheio, não vão para alimentar os palestinianos, mas para se alimentarem deles.
Idiotas úteis, sim, mas não estúpidos: à cautela, nenhuma bandeira LGBT à vista. Não vá a marinha israelita, na sua perfídia sionista, deixá-los mesmo entrar em Gaza.