Grupo de trabalho da AM Porto conclui que Metro comunicou prazos inexequíveis de obras

O grupo de trabalho da Assembleia Municipal do Porto para acompanhar investimentos em transporte público concluiu que a Metro do Porto comunicou prazos inexequíveis de obras, criticando ainda "contradições" entre as entidades envolvidas no projeto do metrobus.

© D.R.

“O Grupo de Trabalho deu particular atenção ao facto de constatar, ao contrário do que a empresa Metro do Porto SA comunicava publicamente em termos de prazos, que os mesmos não eram, fisicamente, exequíveis”, pode ler-se no relatório final de atividades do Grupo de Trabalho para Acompanhamento de Investimentos de Transporte Público (GT-AITP), datado de setembro e consultado hoje pela Lusa.

De acordo com o documento, tal levou à criação de “expectativas infundadas na população, suscetíveis de porem em causa a credibilidade dos projetos”, considerando que “o facto de, hoje, nenhum dos prazos anunciados pela Metro do Porto SA se terem concretizado, demonstra que, infelizmente, o GT tinha razão, lamentando-se que os seus alertas não tenham sido tidos em consideração, pelo menos em termos comunicacionais”.

O grupo de trabalho assinala também que “constatou, com preocupação, contradições nas informações que lhe foram fornecidas pelas diversas entidades envolvidas, designadamente na linha do metrobus da Boavista (Metro do Porto SA, STCP e Câmara Municipal do Porto), facto que por si só indicia descoordenação e desalinhamento entre estas entidades”.

Para o grupo de trabalho da Assembleia Municipal, tal “provocou ainda maiores transtornos para os cidadãos, para o município e para o interesse público”.

“Em particular, o GT não pode deixar de registar os diversos atrasos com que a empresa Metro do Porto SA respondeu às questões que lhe foram colocadas (o que, várias vezes, apenas ocorreu após insistência formal ou protesto público do Grupo de Trabalho), bem como o facto de o seu último Parecer sobre as obras da segunda fase do metrobus ter sido completamente desprezado pela empresa, não obstante ter sido esta a solicitar a sua emissão”, pode ler-se no documento.

Por outro lado, o GT-AITP constatou que “algumas das suas recomendações, designadamente ao nível da gestão das empreitadas com vista à redução do impacto negativo das mesmas na cidade, foram acatadas, apesar de tal não ter sido publicamente reconhecido pelos responsáveis da sua implementação”.

Como resumo das suas atividades, o grupo criado em fevereiro de 2024 e que contou com todas as forças políticas presentes na Assembleia Municipal, refere que se reuniu 18 vezes e emitiu seis relatórios, dois ofícios e um parecer, tendo feito reuniões, ao longo do tempo, com os presidentes da Metro do Porto (Tiago Braga), Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (Cristina Pimentel) e Câmara Municipal do Porto (Rui Moreira), entre várias trocas de informações entre serviços e técnicos.

“O Grupo de Trabalho, não obstante a sua manutenção no próximo mandato autárquico depender, naturalmente, da legítima decisão dos membros eleitos para a nova Assembleia Municipal, não pode deixar de recomendar a manutenção do seu funcionamento”, refere no relatório.

A recomendação “decorre de nenhuma das empreitadas que foram objeto de análise ao longo destes dezoito meses estar concluída e, também, de estarem perspetivadas novas importantes empreitadas”, com a linha de alta velocidade e os projetos das novas linhas de metro (Gondomar, Maia 2, São Mamede e circular do Porto), “que importam acompanhar desde o processo da sua conceção”.

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