Um tribunal de Pequim condenou a Malaysia Airlines a pagar 2,9 milhões de yuans (350.000 euros) a cada uma das oito famílias cujos familiares desapareceram no voo MH370 há mais de uma década, de acordo com um comunicado do tribunal divulgado na segunda-feira.
A indemnização cobre a perda de vidas, as despesas com funerais e os danos morais. Os passageiros foram declarados legalmente mortos, embora o seu paradeiro permaneça desconhecido.
Outros 23 casos estão pendentes, ao passo que 47 outras famílias chegaram a acordo com a companhia aérea e retiraram as suas ações judiciais, informou o tribunal.
A decisão surge menos de uma semana depois de as autoridades malaias terem anunciado a intenção de retomar as buscas pela aeronave, no sul do Oceano Índico, a partir de 30 de dezembro.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros – a maioria dos quais chineses – e 12 membros da tripulação.
O Boeing 777 desapareceu dos radares de controlo do tráfego aéreo 39 minutos após a descolagem. A última transmissão de rádio do piloto – “Boa noite, Malaysia Três Sete Zero” – ocorreu quando o avião se preparava para entrar no espaço aéreo vietnamita, mas nunca chegou a entrar em contacto com os controladores vietnamitas.
O transponder do avião, que transmite dados de localização, parou de funcionar minutos depois. Radares militares rastrearam o jato a dar meia-volta sobre o mar de Andamão, e dados de satélite indicaram que este continuou a voar por horas, possivelmente até esgotar o combustível, antes de cair numa área remota do sul do Oceano Índico.
Apesar das extensas operações de busca internacionais realizadas na última década, os investigadores não conseguiram determinar por que razão o avião caiu ou o que aconteceu com as pessoas que seguiam a bordo.
Entre os passageiros estavam cinco crianças e cidadãos dos Estados Unidos, Indonésia, França, Rússia e outros países.