“Neste dia, (…) recordamos os nossos mortos, os nossos reféns, aqueles que somos obrigados a trazer para casa, e os nossos heróis que tombaram em defesa da pátria e do país”, disse Netanyahu em Jerusalém, segundo a agência francesa AFP.
O Hamas e outras fações extremistas palestinianas atacaram o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, numa ação sem precedentes que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns que foram levados para Gaza, incluindo alguns mortos, segundo Israel.
No mesmo dia, Netanyahu declarou guerra ao Hamas, que prometeu aniquilar, e Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza que, desde então, provocou cerca de 42.000 mortos, segundo o governo do enclave controlado pelo grupo islamita desde 2007.
Também mais de 740 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, sob ocupação israelita.
Um ano depois, Israel diz que 97 pessoas ainda se encontram em cativeiro, incluindo 63 que se presume estarem vivas e 34 declaradas mortas pelo exército israelita ou pelo Fórum das Famílias Reféns.
No final de novembro de 2023, 117 pessoas, na maioria mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros, recuperaram a liberdade, durante a única trégua do conflito, que durou uma semana.
“Sofremos um terrível massacre há um ano e erguemo-nos como leões, como um povo”, disse Netanyahu durante a cerimónia, ao lado do presidente da Câmara de Jerusalém, Moshe Lion.
A cerimónia decorreu num memorial em homenagem aos 87 habitantes de Jerusalém mortos durante os ataques, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro citado pela agência espanhola Europa Press.
Lion pediu unidade e disse que “cada israelita tem a tarefa de se manter unido e agir como um só (…) por Jerusalém, a capital de Israel, e pelo Estado de Israel”.
“Como estes meses de guerra nos ensinaram, a nossa força está na nossa unidade e só juntos venceremos”, acrescentou ao intervir na cerimónia.
Os ataques de 07 de outubro, apelidados de “Dilúvio de Al Aqsa” pelo Hamas e seus aliados, levaram também à abertura da linha da frente na fronteira entre Israel e o Líbano, agora alvo de uma invasão israelita.
Também os rebeldes huthis do Iémen e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e ‘drones’ contra Israel – que realizou bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita – em resposta à ofensiva contra Gaza.