“Se me perguntarem a longo prazo, não acredito, não há mercado em Portugal para quatro operadores”, afirmou o gestor, num encontro com jornalistas na sede da empresa no Parque das Nações, em Lisboa, a propósito da celebração dos 33 anos da empresa.
“Ou consolida ou fecha portas, alguma coisa há-de ter de acontecer”, prosseguiu Luís Lopes, referindo que é a escala que faz com que os operadores sejam mais competitivos.
Questionado sobre a posição da operadora – se consolida ou é consolidada – Luís Lopes recordou que a Vodafone Portugal tem uma posição que no mercado português “é um ativo apetecível”, mas, por outro lado, “tendo essa posição forte coloca-a na posição de potencial consolidadora”.
A maior parte dos países “têm três operadores, Portugal fez licenças para ter cinco, a meio do jogo o quinto operador desistiu e quis ser comprado inicialmente por nós, não foi possível” e foi adquirido por outro, passando a quatro.
Na Europa há “um problema estrutural” porque “não tem operadores com escala suficiente que possam fazer face aos desafios que outros operadores, nomeadamente em economias asiáticas e a norte-americana têm”, afirmou o gestor.
Ou seja, “esses operadores operam com escalas que lhes permitem eficiências muito superiores, portanto conseguem produzir retorno que lhes permite ser muito mais rápidos e mais capazes de investir”, salientou.