A suspensão aplica-se a pessoas provenientes dos doze países cujos cidadãos já não tinham direito a entrar nos Estados Unidos desde junho e, agora, também a cidadãos de outros sete países afetados por restrições na emissão de vistos, segundo um memorando dos serviços de imigração consultado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Os pedidos de cartões verdes (`green cards`) dos cidadãos dos países em questão, bem como os pedidos de naturalização, estão suspensos.
A lista inclui alguns dos países mais pobres e instáveis do mundo.
Em junho passado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a proibição de entrada no país a cidadãos do Afeganistão, Myanmar (antiga Birmânia), Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.
Os outros sete países agora afetados são o Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela.
A secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, indicou na segunda-feira à noite, na rede social X, que recomendou a Trump “uma proibição total de entrada dos cidadãos de cada país maldito que inundou a nação com assassinos, sanguessugas e viciados em assistência social”.
“Não os queremos, nem um único deles”, escreveu Noem.
Na terça-feira, o Presidente norte-americano proferiu afirmações duras contra a Somália, afirmando que os migrantes do país africano não são bem-vindos aos Estados Unidos.
“Não os quero no nosso país”, disse.
Desde o ataque em Washington, em 26 de novembro, atribuído a um cidadão afegão, que custou a vida a uma militar da Guarda Nacional e feriu gravemente outro soldado, a Administração Trump congelou todas as decisões sobre a concessão de asilo nos Estados Unidos.
Donald Trump fez da luta contra a imigração ilegal uma prioridade absoluta, referindo-se reiteradamente à “invasão” dos Estados Unidos por “criminosos vindos do estrangeiro” e fazendo das expulsões de imigrantes uma das suas principais marcas políticas.