Detido jornalista na Venezuela por divulgar buraco numa avenida

O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.

O jornalista José Serna Leal, segundo aqueles organismos, foi detido por funcionários da Polícia Municipal de Cabimas, quando saía da sede do portal web Noti365, onde trabalha, em Ambrosa, Cabimas, 660 quilómetros a oeste de Caracas.

Na X (antigo Twitter), o SNTP e o CNP denunciam que a detenção teve lugar pelas 08:30 horas locais (12:30 horas em Lisboa) por ter divulgado um vídeo no qual mostra um grande buraco na Avenida Intercomunal, material que circulou nas redes sociais e no portal web onde trabalha.

O SNTP denuncia tratar-se de uma detenção arbitrária e exige a libertação imediata do jornalista.

Já o CNP condenou a detenção que diz ser “um novo ataque à liberdade de imprensa” na Venezuela.

Várias organizações de direitos humanos e jornalistas dizem estar a acompanhar o caso e que apesar de estar detido ainda não foram feitas quaisquer acusações formais contra o companheiro, a quem ainda não lhe foi permitido aceder a um advogado ou contatar os familiares.

Entre janeiro e novembro de 2025 o CNP documentou “111 incidentes” contra jornalistas e meios de comunicação.

Segundo aquele organismo 21 jornalistas e comunicadores sociais estão presos na Venezuela e acusados dos crimes de terrorismo e traição à pátria.

A Venezuela tem, segundo a ONG Encontro, Justiça e Perdão, 1.082 pessoas detidas por motivos políticos, das quais 182 são mulheres e 900 homens.

Entre os detidos estão 42 cidadãos estrangeiros, 171 funcionários dos organismos de segurança, 11 ativistas dos direitos humanos, 561 integrantes da sociedade civil, 225 representantes de organizações políticas, 35 antigos integrantes de organismos de segurança do estado e 17 sindicalistas.

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