Governo e professores sem acordo

©D.R.

O líder do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop), André Pestana, disse hoje após uma reunião com o Governo não ter havido acordo e acrescentou que para já a luta dos professores vai continuar.

“Não há acordo porque o Governo no que cedeu foi pouco quanto às questões gravíssimas que estavam em cima da mesa”, disse aos jornalistas após uma reunião com o ministro da Educação, em Lisboa.

À saída, o dirigente sindical explicou que o Governo não cedeu em matérias como a criação de Conselhos de Quadros de Zona Pedagógica, de os professores efetivos a um agrupamento escolar puderem ficar em várias escolas a dar aulas, ou de os contratados que vinculem para o ano terem de concorrer a todo o país, o que é “altamente injusto”.

André Pestana lembrou que há um pré-aviso de greve até ao final do mês e que no dia 18 o Stop vai reunir-se em Coimbra para decidir como continuar a luta.

Para dia 20 estão marcadas novas reuniões com o ministro, como novos temas de discussão, como o descongelamento da carreira para alguns docentes ou regularização da situação de técnicos especializados.

“Este processo está encerrado, ninguém subscreveu este acordo”, concluiu o responsável, acrescentando que lhe pareceu que da parte do Governo não há vontade de contar o tempo integral do tempo de serviço dos professores.

E admitiu que a falta de um acordo pode aumentar “o desgaste e desmotivação” dos professores.

As negociações sobre um novo regime de recrutamento e colocação de professores começaram no final de setembro e algumas das propostas levaram a uma forte contestação por parte dos professores, que iniciaram no final de dezembro um período de protestos e greves, que ainda se mantêm.

Doze organizações sindicais que representam os professores pediram uma negociação suplementar, que decorreu hoje.

O ministro da Educação, João Costa, deverá dar uma conferência de imprensa ainda hoje.

Últimas do País

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.
Um casal foi condenado a dois anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução, por enviar mensagens de telemóveis falsas a cobrar supostas dívidas em nome da EDP, revelou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
“Vocês não respeitam nada. Uma cambada de racistas, um gangue de racistas.” Ataques e insultos dirigidos a líder parlamentar e deputados do CHEGA levaram comandante a intervir e a chamar a polícia.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição avisa: prepare a carteira. Carne, peixe, fruta e legumes poderão subir até 7% já no próximo ano. Custos de produção disparam, exigências europeias apertam e o retalho admite que, apesar dos esforços, não vai conseguir travar totalmente os aumentos.
O número de livros impressos editados em 2024 caiu 14,3% para um total de 11.615 e o preço aumentou 2,6% face a 2023, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje de manhã tempos de espera de cerca de 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
A direção-executiva do SNS está hoje reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.
A CP informou hoje que se preveem “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e “possíveis impactos” na quarta e sexta-feira devido à greve geral convocada para dia 11 de dezembro.
Só no último ano letivo, chegaram às escolas mais 31 mil alunos estrangeiros, um salto de 22% que está a transformar por completo o mapa demográfico do ensino em Portugal.