Antigos combatentes da Guerra Colonial mantêm greve de fome a 20 de agosto

© Movimento Cívico de Antigos Combatentes

Os antigos combatentes da Guerra Colonial vão fazer, a partir de 20 de agosto, greve de fome frente ao Palácio de Belém para exigir o cumprimento do Estatuto do Antigo Combatente, disse hoje à Lusa um dos organizadores.

Apesar de terem reunido esta tarde com a ministra da Defesa, os antigos combatentes decidiram manter a greve, que já haviam anunciado, por não terem chegado a qualquer acordo, adiantou o líder da Comissão Pró Dignidade do Estatuto do Antigo Combatente (EAC), José Maria Monteiro.

“A reunião foi uma profunda desilusão porque a senhora ministra disse que ia melhorar o estatuto, mas não especificou como, nem com quanto”, disse.

Entre as várias reivindicações, os ex-combatentes defendem a gratuitidade dos transportes públicos em todos os transportes nacionais, prioridade no acesso aos hospitais militares e a atribuição de uma pensão de guerra, especificou.

Os antigos combatentes que vão entrar em greve de fome têm idades compreendidas entre os 70 e os 86 anos e são residentes em todo o país.

A ministra da Defesa afirmou hoje estar em curso uma avaliação do Estatuto do Antigo Combatente para aprofundá-lo, rejeitando que 50% dos cartões estejam por distribuir, como indicaram estes ex-combatentes da Guerra Colonial.

A governante salientou que o seu ministério está “a fazer um trabalho, no quadro da unidade técnica dos antigos combatentes, de avaliação do Estatuto do Antigo Combatente, que está ainda em consolidação”.

“Temos mais de 400 mil cartões de antigo combatente emitidos, que corresponde a 95% desse universo. Não é certo, como foi dito, que seriam 50%. É um trabalho que está praticamente concluído, tal como o envio das insígnias do antigo combatente, da implementação das medidas que têm a ver com o acesso gratuito aos monumentos nacionais, a áreas da saúde”, sublinhou.

Últimas do País

O presidente executivo da Fidelidade, seguradora da Carris, disse que o processo de atribuição de indemnizações às vítimas do acidente no elevador da Glória vai demorar, porque falta definir os valores envolvidos, mas garantiu que “ninguém fica desamparado”.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, este ano, até dia 15 deste mês, 10.251 crimes relacionados com violência doméstica, que provocaram 13 mortes – 11 mulheres e dois homens –, indicou hoje a corporação num comunicado.
A TAP cancelou os voos TP170 de hoje e da próxima terça-feira para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, indicou a empresa.
O número de idosos vítimas de crime e violência continua a aumentar, sobretudo mulheres vítimas de violência doméstica, como Odete, Etelvina ou Gertrudes que vivem atualmente numa casa de abrigo depois de anos de abusos por maridos e filhos.
A fábrica de têxteis lar que ardeu na última madrugada em Felgueiras emprega 11 pessoas, tendo o sócio gerente, António Pereira, assegurado à Lusa que os postos de trabalho são para manter.
As mais de sete toneladas de cocaína apreendidas em duas embarcações de pesca, a cerca de 1.000 milhas náuticas de Lisboa, tinham como destino a Península Ibérica, após o que seriam transportadas para outros países europeus, revelou hoje a PJ.
A Estação Salva-vidas de Ponta Delgada conta com uma nova embarcação salva-vidas, que vai permitir reforçar as capacidades de resposta da Autoridade Marítima Nacional no arquipélago dos Açores, foi hoje anunciado.
Uma operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ), da Força Aérea e da Marinha, resultou na interceção em alto mar duas embarcações de pesca com 10 cidadãos estrangeiros e mais de sete toneladas de cocaína a bordo.
A base de dados que contém a identificação criminal dos condenados por crimes sexuais contra crianças foi criada há dez anos e os pedidos de consulta atingiram no ano passado o número mais elevado.
Muitos dos idosos que denunciam os filhos por violência doméstica querem que estes sejam tratados e não punidos, sustentou à Lusa a coordenadora do Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) do Campus de Justiça de Lisboa.