MP investiga denúncia de Câmara de Gaia e presidente contra Luís Filipe Menezes

O Ministério Público (MP) confirmou hoje a abertura de um inquérito à denúncia que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e o seu presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, apresentaram contra o ex-líder social-democrata daquela autarquia Luís Filipe Menezes.

© Folha Nacional

Questionada pela Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a receção da denúncia, que deu origem à instauração do inquérito.

A apresentação da queixa-crime pelos crimes de ofensa e difamação no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, foi aprovada na segunda-feira, com a abstenção do PSD, na reunião pública do executivo municipal.

A queixa assenta no facto de o ex-líder do PSD ter acusado, numa publicação na rede social `Facebook´, o atual presidente de câmara, eleito pelo PS, de ter interferido num processo de licenciamento de um terreno.

No início de outubro, naquela publicação, Luís Filipe Menezes culpou ainda Eduardo Vítor Rodrigues de ser o “mandante” de “criminosas cambalhotas”, como a alteração de pareceres técnicos, para o prejudicar, e anunciou que tinha entregado o caso às autoridades.

Posteriormente, o Ministério Público confirmou ter aberto um inquérito à denúncia que o ex-presidente da Câmara de Gaia apresentou contra o atual líder da autarquia.

Nessa publicação, que já não se encontra disponível, Luís Filipe Menezes escreveu que em 2011 comprou um terreno para construir uma casa, tendo pagado mais de 20 mil euros em cedências ao domínio público antes da construção, assim como as respetivas licenças.

Na queixa-crime, a que a Lusa teve acesso, a autarquia e o seu presidente referiram que com aquela publicação Luís Filipe Menezes “acusou o Município de Vila Nova de Gaia de o descriminar em relação a outros munícipes por, alegadamente, o ter obrigado a pagar as `cedências ao domínio público antes de iniciar a obra e não a final´”.

“Ao longo do `post´ faz vários juízos de valor relativamente à conduta dos queixosos, imputando-lhes falsamente a prática de factos criminosos”, sustenta.

A queixa-crime sustenta que o ex-presidente de câmara social-democrata agiu com a “verdadeira intenção de inculcar a ideia, falsa, de que quer o Município de Vila Nova de Gaia quer o seu presidente são desonestos e que se servem dos seus poderes e competências legais para fins pessoais e mesquinhos, em detrimento do cumprimento da legalidade”.

E acrescentou: “A imputação de factos falsos é insidiosa e revela especial perversidade e malvadez. O autor do `post´ bem sabia que estava a faltar à verdade, sendo falsas as imputações deturpadas e malévolas que fez publicar”.

Segundo a câmara municipal e Eduardo Vítor Rodrigues, Luís Filipe Menezes ao escrever aquela publicação no `Facebook´ fê-lo com o objetivo de ofender a credibilidade, o prestígio e a confiança dos visados e causar censura e reprovação pública.

A queixa-crime ressalva ainda que a conduta do social-democrata prejudicou “gravemente” os visados naquele `post´, motivo pelo qual consideram que estão em causa crimes de ofensa a organismo, serviço ou pessoa coletiva e de difamação agravada.

Últimas de Política Nacional

André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.
O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.