Dependência de petróleo na UE com novo máximo de 97,7% em 2022

A dependência da União Europeia de petróleo bruto e produtos petrolíferos aumentou para um novo máximo de 97,7% em 2022, depois de ter recuado para 91,6% em 2021, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

© D.R.

 

A dependência das importações registada em 2022, explica o serviço estatístico da UE, resultou da conjugação da evolução das importações líquidas (9,5%), – com as importações a aumentarem 4,9% e as exportações a diminuírem 1,7% – e da energia bruta disponível a aumentar 2,8%.

A dependência do petróleo bruto importado, um produto primário essencial para a indústria petroquímica e para a produção de combustíveis para transportes, também aumentou em 2022, atingindo 97,6%, tendo a maior procura de combustíveis no setor dos transportes contribuído para uma subida da utilização de petróleo bruto.

O consumo de gasolina para motores aumentou 6,3% e o consumo de querosene de aviação aumentou 32,5% em 2022, em comparação com 2021.

O aumento da dependência foi também impulsionado pela reposição de ‘stocks’ de petróleo bruto e consumidor utilizado em 2021.

O Eurostat constata ainda que, com a criação do plano REPowerEU, as importações a partir da Rússia caíram, em 2022, em 24,57 milhões de toneladas (Mt), tendo aumentado as a partir da Arábia Saudita, Estados Unidos e Noruega.

Por outro lado, em 2022, a produção de petróleo na UE manteve a tendência em queda, apesar do pico nos preços causado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, atingindo um mínimo de 16,3 milhões de toneladas, um recuo de 7,4% face ao ano anterior.

Considerando os três maiores produtores de petróleo na UE, a Itália teve um recuo de 8% para as 4,5 milhões de toneladas, a Dinamarca de 2% para as 3,2 Mt e a Roménia de 6% para três Mt.

Últimas de Economia

A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.
O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.