O Governo de Montenegro, tem-se mostrado uma das maiores desilusões de que os portugueses à direita e “às direitas” têm memória.
As peripécias em torno do recém formado governo, são tantas e tão profundas, que certamente, já garantiu o seu lugar na História, ainda que pelos piores motivos.
Primeiro a vitória “do danoninho”, em que consegue a proeza de ganhar com o mesmo número de deputados que o PS, somando dois “a reboque”, do espectro fantasmagórico do defunto CDS.
Depois a forma lamentável com que lidaram com o PPM, para o bem ou para o mal, seu parceiro de coligação, que qual “parente pobre”, não teve direito sequer a convite para a Tomada de Posse.
A demonstração do desprezo e de um desvio de carácter que se vem a confirmar em diversas outras situações.
Como se não bastasse, com tudo na mão para formar uma maioria de direita, que permitisse fazer as reformas estruturais de que o país precisa, e livrasse o Povo do socialismo que colocou o país num caos absoluto nos últimos oito anos, preferiu “deitar-se com o inimigo”, num acto de profundo desdém pelo eleitorado à direita, ziguezagueando ainda sobre acordos ou não acordos com o CHEGA, para a Mesa da Assembleia da República.
Ora, quando se pensava que no tão curto espaço de tempo desde a Posse, nada mais poderia acontecer, eis que o novo PM, além de citar o comunista Saramago, apresenta o já famoso “choque fiscal” de 1.500 milhões de euros no IRS, que embustes à parte, resultou em mais um choque, isso sim, nos eleitores, ao perceberem que desses, apenas 173 milhões foram adicionados aos cerca de 1.300 milhões já em vigor no Orçamento de Estado socialista.
Note-se que estamos a falar de um OE sobre o qual Luís Montenegro disse um monte de impropérios, de resto com toda a razão, mas com o qual pretende governar até ao próximo ano num exercício de total incoerência.
Por fim, qual bom aluno das esquerdas, vem o Ministro das Finanças Morais Sarmento, a indicar para sua adjunta, uma antiga deputada do PSD, envolvida, nada menos que num mega escândalo de corrupção.
Ora digam lá se isto não é o PSD a ser PS…