Lloyd Austin ordenou, no domingo, à frota liderada pelo USS Abraham Lincoln, que transporta caças F-35C, que se deslocasse mais rapidamente, disse o porta-voz do Pentágono Pat Ryder, face ao risco de uma ofensiva em grande escala contra Israel por parte do movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, ou pelo próprio Irão.
Austin manteve uma conversa com o homólogo israelita, Yoav Gallant, no domingo e ordenou também o envio do submarino de mísseis de cruzeiro de propulsão nuclear USS Georgia para a mesma zona, acrescentou Ryder.
Os dois homens discutiram “a importância de reduzir os danos causados aos civis, de fazer progressos no sentido de um cessar-fogo e da libertação dos reféns detidos em Gaza”, bem como de dissuadir os grupos apoiados pelo Irão de atacar.
A situação é ainda mais tensa desde os assassínios, em julho, do chefe militar do Hezbollah Fuad Chokr, perto de Beirute, num ataque reivindicado por Israel, e do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas Ismail Haniyeh, em Teerão, atribuído pelo Irão a Israel.
Na semana passada, Washington anunciou que ia reforçar a presença militar no Médio Oriente, destacando mais navios de guerra e aviões de combate. O USS Abraham Lincoln deverá juntar-se a outro porta-aviões norte-americano, o USS Theodore Roosevelt, já na região.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 07 de outubro, no qual morreram quase duas mil pessoas, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse com base em dados oficiais israelitas.
No ataque, foram raptadas 251 pessoas raptadas, sendo que 111 continuam detidas em Gaza e 39 morreram, indicou o exército israelita.
A retaliação israelita na Faixa de Gaza causou mais de 39.700 mortos, afirmou o Ministério da Saúde do Hamas, que não avançou um número de civis e combatentes mortos.