A Oligarquia Alternante do Pós-25 de Abril: o meu Olhar Crítico

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Desde a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, que Portugal tem vivido sob um sistema democrático que trouxe promessas de liberdade, justiça e progresso, mas, no entanto, passadas cinco décadas, o País enfrenta um marasmo económico, social e político, consequência directa da alternância do poder entre partidos que, embora distintos nas suas siglas, compartilham uma mesma abordagem de manutenção do status quo, onde apresentam sempre soluções milagrosas na oposição, mas após a tomada do poder praticam as mesmas políticas, assemelhando-se às ditas duas faces da mesma moeda.

A transição democrática deu lugar ao surgimento de novas forças políticas que, no entanto, rapidamente se integraram num sistema que, em muitos aspetos, se tornou oligárquico, onde os partidos emergentes do pós-25 de Abril estabeleceram-se num esquema de alternância de poder, que visa a perpetuação no governo, mais preocupados com a sua sobrevivência política do que com o bem-estar das gerações futuras, comportamento este que tem inibido a implementação de políticas a longo prazo, estratégicas, necessárias para o desenvolvimento sustentável do país.

Dentro deste contexto de estagnação, o partido CHEGA apresenta-se como uma voz dissidente, liderado por André Ventura, figura controversa, mas carismática, assertiva, que promete romper com o sistema oligárquico, que acusa os partidos tradicionais de se perpetuarem no poder corrupto e putrefacto, apelando, na sua retórica, a um eleitorado cansado de promessas vazias, com a vontade em reformar a política nacional com base em princípios de honestidade, honra e lealdade.

O CHEGA tem se destacado por sua política assertiva e pelo compromisso com os seus eleitores, onde André Ventura propõe um modelo de governação que se distancia da complacência e da ineficácia dos seus antecessores, reivindicando a necessidade de uma rutura radical com as práticas políticas correntes, onde a narrativa do partido é clara, Portugal merece mais e melhor, e esta mudança só poderá ser alcançada através de uma rutura com o sistema que, segundo o CHEGA, corrompe e destrói o tecido socioeconómico nacional.

Contudo, é crucial analisar criticamente as propostas e o impacto potencial de Ventura e do CHEGA, onde a política de rutura radical traz consigo tanto oportunidades quanto riscos significativos, promessa de um governo baseado em honestidade e lealdade, onde a execução prática, dessas ideias, deve ser cuidadosamente avaliada para evitar soluções simplistas a problemas complexos.

A ascensão do CHEGA e a figura de André Ventura refletem um descontentamento crescente com a classe política tradicional, pois os eleitores buscam alternativas que ofereçam não apenas novas promessas, mas, também, uma nova forma de fazer política que responda às suas necessidades e expectativas.

Portugal encontra-se, assim, num ponto crucial da sua história democrática, onde a necessidade de mudança é evidente, mas a forma como essa mudança será implementada determinará o futuro do país, colocando-se as seguintes questões, se Será que a rutura prometida por CHEGA é a resposta para os problemas endémicos de Portugal?. Ou será que, como outros antes, o partido acabará por integrar-se no sistema que tanto critica?, algo que nunca irá acontecer com André Ventura como Presidente do Partido CHEGA.

Relembrar que as políticas, pós 25 Abril, que tentam aplicar em Portugal são de índole de esquerda socialista, onde estas são um autêntico falhanço, tal como alguém disse que “O socialismo é um sistema que, como se diz, só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no Inferno, onde ele já existe.” – Ronald Reagan, ou outro pensamento que confirma o mesmo, “O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros.” — Margaret Thatcher, algo que é incompreensível, em Portugal, as pessoas prevalecerem no erro constante, votando nos mesmos que os roubam e mentem!

Assim, como sempre disse e defendo, é o Povo quem mais ordena e a resposta a estas perguntas serão reveladas nas urnas e no quotidiano dos portugueses, à medida que o país continua a navegar as complexidades do seu sistema político e a busca por um futuro mais promissor e equitativo, para todos os portugueses de bem.

 

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