Ventura acusa Montenegro de ter mentido sobre PS e Marcelo de ser fonte de intriga

O líder do CHEGA acusou hoje o primeiro-ministro de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.

© Folha Nacional

André Ventura fez estas acusações na Assembleia da República, numa conferência de imprensa em que apresentou a sua interpretação das palavras hoje proferidas pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, sobre as negociações com o PS para a eventual viabilização do Orçamento do Estado para 2025.

Segundo o presidente do CHEGA, Hugo Soares, hoje, durante a abertura das Jornadas Parlamentares conjuntas PSD/CDS, afirmou que “o PS andou a enganar a AD (Aliança Democrática) e o país ao fingir que havia um acordo” orçamental.

Ora, para André Ventura, isto significa que Luís Montenegro “mentiu quando disse que não havia um acordo com o PS, porque hoje o seu líder parlamentar deixou claro que havia um acordo até ao último encontro entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro”.

“E isto é a prova que o CHEGA tinha razão quando deixou estas negociações. O PSD mentiu-nos, mas, sobretudo mentiu ao país. É esta atitude permanente de engano, de arrogância e de mentira de um primeiro-ministro que nós não podemos aceitar. As palavras vão ficar por aqui para não serem mais ofensivas, nem mais dilacerantes”, advertiu.

A seguir, o líder do CHEGA atacou a atuação de Marcelo Rebelo de Sousa, começando por dizer que o chefe de Estado “não sabe o que se passa nas negociações entre os partidos e o Governo” em relação proposta de Orçamento.

“Não deve substituir-se aos partidos, nem ao Governo, nessa função, mas dá a ideia de que o Presidente da República quer fazer nestes últimos dias é substituir-se aos partidos e ao primeiro-ministro, enfim, substituir-se ao país. O que ainda fica mais caricato, porque ninguém lhe ouviu tomar essas posições, pelo menos da mesma forma, em outros casos e em outros contextos, dando uma ideia, por isso, tremendamente má, de parcialidade e de falta de objetividade”, declarou.

Mas o presidente do CHEGA foi ainda mais longe nas críticas, dizendo que gostava que o chefe de Estado interiorizasse o seguinte: “Era importante que não se tornasse um embaraço e uma fonte constante de problemas”.

“O Presidente da República deve ser uma fonte de soluções e não uma fonte permanente de intriga e de problemas. Em vez de ser o garante das instituições, está a ser o perturbador das instituições. Ele ameaça dissolver todas as assembleias: a dos Açores, a da Madeira ou a Assembleia Nacional [sic]. O Presidente da República, que está no fim do seu mandato, está a tornar-se um problema em cada dia que passa”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

A mais recente sondagem da Pitagórica mostra o partido liderado por André Ventura a disparar para os 22,6%, com a maior subida do mês de dezembro, enquanto a AD perde terreno e o PS estagna.
Há 57 ajustes diretos sob escrutínio do Ministério Público. Os contratos foram aprovados quando Henrique Gouveia e Melo comandava a Marinha e o inquérito continua ativo, apesar do perdão financeiro do Tribunal de Contas.
O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que pretende participar na reunião do Conselho de Estado convocada para dia 09 de janeiro, mas renovou o apelo para que, “em nome da igualdade”, o encontro seja adiado.
O Presidente da República (PR) anunciou hoje a criação de centros de elevado desempenho na área de obstetrícia e ginecologia, esperando que venha a permitir respostas “sistemáticas e rigorosas” e que os “consensos mínimos” em termos laborais sejam uma realidade.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, fez hoje um “apelo final” ao Presidente da República para que adie a reunião do Conselho de Estado para a semana seguinte à segunda volta das presidenciais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje a proibição dos maquinistas conduzirem sob o efeito do álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.
O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.