Eurodeputados à esquerda entoam “Bella Ciao” após intervenção de Orbán no PE

Os eurodeputados à esquerda do hemiciclo começaram hoje a cantar a música da resistência italiana “Bella Ciao” depois da intervenção de Viktor Orbán no Parlamento Europeu (PE), impedindo o início da intervenção da presidente da Comissão.

©Facebook de Viktor Orbán

Depois da intervenção de Viktor Orbán no PE, em Estrasburgo (França), para apresentar as prioridades da presidência húngara do Conselho da União Europeia (UE), a presidente do parlamento, Roberta Metsola, anunciou que discursaria Ursula von der Leyen.

Um grupo de eurodeputados da Esquerda e socialistas começou a cantar o refrão da música “Bella Ciao”, que ficou conhecida pela importância que adquiriu na luta italiana durante o regime de Benito Mussolini e contra as tropas nazis.

Um grupo de eurodeputados do Patriotas pela Europe, grupo político que nasceu nesta legislatura e que agrega os dois eurodeputados do CHEGA, levantou-se para aplaudir Viktor Orbán.

O grupo, que incluiu o eurodeputado português Tiago Moreira de Sá, continuou a aplaudir, enquanto os eleitos à esquerda continuavam a cantar, impedindo a presidente da Comissão Europeia de intervir no plenário.

Roberta Metsola exigiu respeito pela instituição, mas os eurodeputados não acederam.

“Isto não é a Eurovisão. Isto mais parece a ‘Casa de Papel’, mas isto não é a Eurovisão, vamos respeitar a dignidade desta casa”, criticou a presidente do Parlamento Europeu, aludindo à série televisiva espanhola que voltou a popularizar a canção nos últimos anos.

Últimas de Política Internacional

A presidente do Parlamento Europeu (PE) pediu hoje a implementação do novo pacto em matéria de migrações e asilo, reconhecendo que é um assunto que se tem arrastado entre os Estados-membros.
Os dois candidatos à Casa Branca, Donald Trump e Kamala Harris, "continuam empatados" nas sondagens.
A Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos da ONU para a Venezuela divulgou na terça-feira um relatório a denunciar crimes cometidos pelas autoridades durante as eleições presidenciais de julho no país.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, congratulou-se hoje com a posição assumida pela presidente da Comissão Europeia, que defendeu a criação de centros de acolhimento e processamento de migrantes irregulares em países fora da União Europeia.
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou esta segunda-feira o projeto-lei iraniano que agrava as sentenças das mulheres que não usem o véu islâmico considerando que se vai verificar “resistência” contra as autoridades.
O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje as novas regras comunitárias para melhorar as condições de trabalho dos mais de 28 milhões de trabalhadores de plataformas digitais de trabalho, como Uber ou Glovo, concedendo-lhes direitos laborais.
O Governo talibã do Afeganistão proibiu os meios de comunicação social de publicar imagens de seres vivos, acrescentando que os jornalistas das várias províncias já tinham sido avisados da aplicação gradual da medida.
A coligação de partidos de esquerda e de direita que está no poder na Islândia desde novembro de 2021 desfez-se hoje, anunciou o primeiro-ministro, Bjarni Benediktsson, propondo a realização de novas eleições em novembro.
O Governo francês anunciou hoje que pretende apresentar ao parlamento uma nova lei sobre a imigração no início de 2025, quando a União Europeia (UE) está a ponderar reforçar ainda mais a sua política de migração.
O candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos, JD Vance, prometeu a centenas de apoiantes em Reading, uma das cidades mais pobres do país, no estado da Pensilvânia, mais apoio à indústria transformadora.