PJ procura suspeitos de incendiar autocarro em operação em Loures

A Polícia Judiciária (PJ) deu hoje cumprimento a vários mandados de busca no concelho de Loures, distrito de Lisboa, envolvendo “vários suspeitos” do incêndio num autocarro em Santo António dos Cavaleiros que em outubro feriu gravemente o motorista.

© LUSA/MIGUEL A.LOPES

Fonte da PJ avançou à Lusa que a operação, envolvendo vários inspetores da diretoria de Lisboa da PJ, já terminou no terreno, “tendo sido cumpridos mandados de busca”.

Até cerca das 10:00, segundo a mesma fonte, não havia indicação de detidos.

“Os vários suspeitos vão ser ouvidos”, precisou ainda, adiantando estar em causa o crime de homicídio na forma tentada.

Os suspeitos são alegadamente os responsáveis pelo incêndio e ataque direto contra um autocarro em Santo António dos Cavaleiros, em Loures, durante a onda de tumultos gerada na Área Metropolitana de Lisboa pela morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, há cerca de um mês.

O autocarro da Carris Metropolitana já estava sem passageiros quando se deu o incidente, mas o motorista, que ainda estava no interior, sofreu “queimaduras graves na face, tórax e membros superiores”, adiantou na altura a PSP.

O cabo-verdiano Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.

Nos tumultos que sucederam à sua morte, nos dias seguintes, foram incendiados mais autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo, mas o ataque que deixou em estado grave o motorista é o mais grave em investigação.

De acordo com a versão oficial da PSP, Odair Moniz ter-se-á posto “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

As autoridades desencadearam inquéritos, mas ainda não são conhecidas conclusões.

O advogado do agente que baleou Odair Moniz disse à Lusa que o profissional permanece de baixa médica, aguardando ser chamado para prestar declarações no âmbito dos processos disciplinares a que foi sujeito.

O agente prestou declarações à Polícia Judiciária “logo a seguir aos factos”, na madrugada de 21 de outubro, mas ainda não o fez perante o Ministério Público, indicou.

Últimas do País

Num só ano letivo, entraram mais de 31 mil alunos estrangeiros, um aumento explosivo de 22% que já está a alterar a composição das salas de aula e a desafiar a capacidade de resposta do sistema educativo.
Um globo, lápis, uma ardósia e nada mais. Foi este o ‘cenário natalício’ apresentado por uma escola de Pinhal Novo, após decidir eliminar todos os símbolos da época das fotografias escolares. A decisão caiu mal entre os pais, que acusam o agrupamento de impor uma medida que “ninguém pediu nem compreende”.
Foram emitidos avisos laranja para neve nos distritos da Guarda e Castelo Branco, e para agitação marítima na costa ocidental entre sexta e sábado.
Uma rede criminosa que movimentou mais de 200 milhões de euros em apenas dois anos foi desmantelada pela PJ do Porto. Cinco pessoas foram detidas e 45 arguidos constituídos num esquema gigantesco de branqueamento ligado a comerciantes chineses.
Um jovem de 19 anos foi alvejado no peito por um disparo vindo de um carro em andamento, em plena via pública, em Carnaxide. A vítima está em estado grave e a Polícia Judiciária já assumiu a investigação.
O homem que foi esta quarta-feira encontrado morto nas imediações da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP de Lisboa tinha dado entrada e abandonado, em novembro, a urgência do Hospital de S. Francisco Xavier, adiantou à Lusa fonte hospitalar.
Hospitais sem equipas, comboios imobilizados, metro fechado, autocarros nas garagens e lixo por recolher em várias cidades. A greve geral convocada pela CGTP e UGT (a primeira desde 2013) está a provocar um bloqueio nacional sem precedentes.
Associações da hotelaria e da restauração, em linha com a confederação do turismo, consideram a greve geral prematura e despropositada quando a negociação laboral está em curso e antecipam que o impacto no setor será por via indireta.
A aplicação de telemóveis SNS 24 permite a partir de hoje a triagem de sintomas respiratórios, anunciou o secretário de Estado da Gestão da Saúde, manifestando-se convicto de que os constrangimentos da Linha SNS 24 estão ultrapassados.
As provas nacionais deste ano letivo começam no final de maio com os alunos do 4.º ano a demonstrarem os seus conhecimentos em Educação Artística e terminam em julho com os exames do ensino secundário.