Ainda é “muito cedo” para falar sobre local da cimeira Putin-Trump

A Rússia considerou hoje prematuro falar sobre um local para um encontro entre o líder russo, Vladimir Putin, e o próximo Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a resolução do conflito na Ucrânia.

© Facebook/Vladimir Putin

A reação surgiu depois de a Suíça se ter disponibilizado no domingo para acolher uma cimeira Putin-Trump que tivesse como tema principal uma solução para a guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

“Muitos países estão a oferecer os seus serviços como locais onde os contactos poderiam hipoteticamente ter lugar, mas é muito cedo para falar sobre isso, uma vez que ainda não há preparativos substanciais”, disse o porta-voz da presidência russa (Kremlin).

Dmitri Peskov afirmou que, de momento, existe apenas a “vontade política” de Putin e Trump sobre a necessidade de falarem depois de o novo Presidente norte-americano tomar posse, cerimónia marcada para 20 de janeiro.

“E então veremos [o que acontece] após a mudança de administração em Washington”, afirmou durante a conferência de imprensa telefónica diária, citado pela agência espanhola EFE.

“Só será possível falar de mudanças na retórica dos Estados Unidos em relação ao conflito na Ucrânia após a tomada de posse de Trump”, acrescentou Peskov, segundo a agência russa TASS.

O porta-voz do Kremlin afirmou na semana passada que a Rússia não estava a estabelecer condições prévias para uma reunião entre Putin e Trump.

Peskov também saudou as declarações de Trump de que estava “pronto para resolver problemas” na mesa de negociações.

Trump assegurou anteriormente que a sua equipa estava a preparar-se para um futuro encontro com Putin.

“Ele [Putin] quer que nos encontremos, por isso estamos a preparar-nos (…), temos de pôr fim a esta guerra. (…) Os soldados estão a ser mortos”, afirmou Trump no final de dezembro.

Quanto à posição russa em relação a futuras negociações de paz, Peskov disse que se mantém inalterada.

Entre outras condições, a Rússia exige o reconhecimento da anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, além da Crimeia anexada em 2014.

Moscovo exige também a proibição da adesão da Ucrânia à NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Últimas de Política Internacional

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.