Presidência russa rejeita proposta de Kiev sobre troca de territórios

A Presidência da Rússia rejeitou hoje a proposta sobre a troca de territórios ocupados entre Kiev e Moscovo como parte das negociações de paz, uma possibilidade defendida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

© Facebook de Dmitry Peskov

“Isso é impossível. A Rússia nunca discutiu e nunca vai discutir uma troca envolvendo territórios”, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, acrescentando que as forças ucranianas que ocupam parte da região de Kursk vão ser aniquiladas ou expulsas.

Na terça-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que está disposto a trocar territórios com a Rússia no âmbito de eventuais negociações de paz sob a égide dos Estados Unidos, que viram a libertação de um cidadão norte-americano por Moscovo como um bom presságio.

Se o Presidente norte-americano Donald Trump conseguir levar a Ucrânia e a Rússia à mesa das negociações, “trocaremos um território por outro”, disse Zelensky ao diário britânico Guardian.

O chefe de Estado ucraniano considera que a Europa, por si só, não pode garantir a segurança do seu país.

“As garantias de segurança sem a América (Estados Unidos) não são verdadeiras garantias de segurança”, afirmou.

Zelensky deve encontrar-se com o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, na sexta-feira, durante a conferência de segurança de Munique, na Alemanha.

Na mesma reunião devem estar presentes o enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Donald Trump comprometeu-se a pôr rapidamente termo à guerra na Ucrânia, nomeadamente através da pressão sobre Kiev, que recebeu milhares de milhões de dólares de ajuda militar de Washington durante o mandato do democrata Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos disse na terça-feira que esperava que a libertação pela Rússia de um norte-americano condenado a 14 anos de prisão por posse de droga marcasse o início de uma relação para acabar com a guerra na Ucrânia.

Últimas de Política Internacional

A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou hoje a Hungria e a Eslováquia de alimentarem a invasão da Ucrânia com as compras de recursos fósseis russos, durante uma visita à Ucrânia, ecoando críticas de Kiev.
A Comissão Europeia desembolsou hoje a oitava parcela do empréstimo de assistência macrofinanceira excecional (AMF), no valor de mil milhões de euros, de um total de 18,1 mil milhões de euros.
Peter Mandelson foi destituído do cargo de embaixador britânico nos Estados Unidos "com efeito imediato", na sequência de alegações sobre a sua relação com o abusador de menores norte-americano Jeffrey Epstein, comunicou hoje o Governo.
A Polónia, membro da União Europeia (UE) e da NATO, anunciou hoje que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste, após a invasão de cerca de 20 drones russos suspeitos no seu território.
O primeiro-ministro polaco anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
A França regista hoje protestos que se fizeram sentir principalmente nos transportes e autoestradas, com mais de 100 detenções, a maioria em Paris, num dia em que estava previsto um bloqueio total convocado contra as medidas do Governo.
Manifestantes nepaleses incendiaram esta terça-feira o Parlamento na capital Katmandu, após a demissão do primeiro-ministro na sequência de protestos que causaram 19 mortos, anunciou um porta-voz da assembleia.
O Parlamento Europeu (PE) validou hoje o acordo entre a União Europeia (UE) e o Brasil que permite o intercâmbio de dados pessoais e não pessoais para combater a criminalidade grave e o terrorismo.