Consumo de eletricidade mais elevado de sempre nos primeiros 3 meses do ano

O consumo de eletricidade nos primeiros três meses de 2025 foi o mais elevado de sempre, tendo totalizado 14,1 terawatts-hora (TWh) e batido os 13,9 TWh registados no primeiro trimestre de 2010, avançou hoje a REN.

© D.R.

Segundo os dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, face ao mesmo período do ano passado, registou-se um aumento de 2,7% no consumo de eletricidade (1,9% com correção da temperatura e dias úteis) no primeiro trimestre deste ano.

Naquele período, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,42, o de produtibilidade eólica em 1,03 e o de produtibilidade solar em 0,78 (médias históricas de 1).

A produção renovável abasteceu 81% do consumo de eletricidade, com a componente hidroelétrica a representar 39%, a eólica 29%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 5%.

Já a produção a partir de gás natural abasteceu 12% do consumo, enquanto o saldo de trocas com estrangeiro abasteceu os restantes 7%.

Tendo em conta apenas o mês de março, o consumo de energia elétrica aumentou 2,8% (1,4% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis), face ao mesmo mês de 2024.

A produção renovável abasteceu 88% do consumo de eletricidade, a não renovável 9%, enquanto o saldo mensal de trocas com o estrangeiro, embora inferior ao verificado nos últimos meses, abasteceu os restantes 3% do consumo nacional.

Em março, mês marcado por vários dias de chuva, as condições meteorológicas mantiveram-se favoráveis à produção de energia a partir de fontes renováveis, em particular para a hidroelétrica, que registou um índice de produtibilidade de 1,86 (média histórica de 1).

O índice de produtibilidade eólico situou-se em 1,07, num mês em que se atingiu a ponta máxima eólica de sempre com 5.078 megawatts (MW) no dia 19, marcado pela tempestade Martinho.

Já a energia solar, apesar de continuar a manter um crescimento acentuado, tem um peso baixo no ‘mix’ de produção, tendo registado um índice de produtibilidade de 0,71.

Relativamente ao gás natural manteve-se a tendência global de redução do consumo, com uma descida homóloga de 3,7% em março, resultado de uma quebra de 4,7% no segmento convencional e de uma subida de 0,3% no segmento de produção de energia elétrica.

No final do trimestre, o consumo acumulado anual de gás registou uma descida marginal de 0,2%, resultado do crescimento de 20% no segmento de produção de energia elétrica, embora se tenha verificado uma contração de 5,7% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores.

O abastecimento do sistema nacional foi efetuado fundamentalmente a partir do terminal de gás natural líquido (GNL) de Sines, com 76% do consumo nacional, embora se tenha também registado algum movimento através da interligação com Espanha correspondente aos restantes 24% do consumo.

O Terminal de Sines abasteceu 93% do consumo nacional, principalmente com origem na Nigéria (49% do gás descarregado em Sines) e nos Estados Unidos (35%).

Últimas de Economia

O prazo para a entrega das manifestações de interesse pela privatização da TAP termina hoje, seguindo-se agora a análise das candidaturas pela Parpública e a preparação para as propostas não vinculativas.
Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).