A PÍFIA DA Dr ªANA GOMES

Dissemos já que muita gente entrou em negação com as legislativas. Uma das soluções consiste em negar a relevância eleitoral ao CHEGA. Muitos houve, do lado “direito”, que não se conformaram com a realidade de parte do eleitorado de Direita, ter um partido no qual votar. Falamos no monárquico Miguel Esteves Cardoso. Segundo ele, os votos do CHEGA não deviam contar.

Outro de “direita”, é o advogado enófilo Miguel Sousa Tavares. Reage mal sempre que se fala no CHEGA. Insiste o causídico que não existe qualquer aumento de criminalidade. Se há, por forma alguma é devido aos imigrantes. Afirmar o contrário é aplicar aquela frase atribuída a Goebbels. Uma mentira repetida mil vezes passa a ser verdade.

Vamos falar na Dr.ª Ana Gomes, anterior candidata à presidência da república. Não consegue esconder a frustração resultante do êxito da manifestação do CHEGA. Acusa os manifestantes de propagarem o ódio e a violência. O que vale é que a manifestação foi “absolutamente pífia”!

Vieram de todo o país, até “uma senhora de Vila Viçosa” (risos). E ainda assim não encheram metade do Rossio, diz a ilustre comentadeira. Pelos vistos, nunca viu nas manifs. dos partidos “habituais” faixas indicadoras da proveniência. E sim, estivemos do Porto, Barcelos, Évora, Loulé… Viam-se duas bandeiras dos Açores. Tira força à manifestação?

Entrando totalmente em negação quanto ao tamanho da manifestação congratula-se. “Tão poucos portugueses que felizmente ainda vão na conversa dum vendedor da banha da cobra.”

Recordamos que o debate eleitoral entre os candidatos presidenciais foi assanhado. Comparado com ele, o confronto com a bloquista Marisa Matias foi uma zanga de namorados.
Significativa do ódio pessoal, foi a pergunta que cada candidato deve fazer ao outro. Começou com um introito: Marcelo dissera-lhe que André Ventura tinha postura de coelhinho (?). Perante ela, aparecia como um “gatarrão.” “Qual é o registo que irá exibir perante a LE PEN?” Enquanto o candidato começava a resposta, repetiu “Gatarrão!”.

As televisões não fizeram questão de esconder a parcialidade contra os patriotas. De forma geral, falavam das “duas manifestações”, a do CHEGA e a dos antirracistas. Em pé de igualdade.
Uma repórter do NOW disse que a manifestação foi “provocada” por André Ventura. No Intendente, segundo a locutora Carolina Bernardo, a contra manifestação, contida pela PSP, congregava quase duzentas pessoas. “Em clima pacifista” (!!!), sentadas no chão, lanchavam, descreveu. Entoavam palavras de ordem mundialista: “O mundo é só um”!

Dos cinco ou seis que tentou entrevistar, todos se recusaram. Cabe destacar um negro que respondeu: “No speak portooguese!” Um exemplo do que os populistas afirmam. Pelo contrário, os vários africanos que estavam na manifestação falavam todos português!
Mais sorte teve a SIC. Estrategicamente, entrevistou os dirigentes. Mereceu destaque uma Mariana Carneiro, dirigente do “SOS-Racismo”. Que declarou ser aquela uma manifestação contra o ódio e a violência. Contrariamente ao que era defendido pela “outra” manifestação. No entretanto, a câmara foca um cartaz afixado numa árvore: “WANTED: André Ventura / For Crimes against humanity”. (Procura-se: André Ventura / Por crimes contra a Humanidade). Ou seja, os tais que não promovem a violência e não têm discurso de ódio.

Um ligeiro relance permite constatar que muitos, senão metade dos manifestantes “antirracistas”, eram estrangeiros. Cantou-se a “Grândola”. Estes profissionais do antifascismo iriam espernear de raiva ao saber do resultado eleitoral em Grândola. A segunda força eleitoral foi o CHEGA; com 19,2%; ou seja, mais 1% do que a média nacional.

Perto da igreja dos Anjos, é referido pela locutora da NOW uma “corrente humana”. Descrita como “vestidos de negro e cara tapada”. O autor destas letras viu-os. Do lado esquerdo na direcção do Rossio, talvez dez indivíduos, silenciosos. Como contra manifestação não está mal!

Na manifestação encontrávamos todo o tipo de pessoas. Pessoas de todas as idades e classes sociais. Uma participação feminina muito grande. Casais, por vezes com filhos. Vários antigos militares, de diversas boinas identificativas. Era frequente ver adolescentes e adultos jovens de brinco na orelha. Desfilava até uma corajosa evangélica, dos seus trinta anos, segurando uma bíblia. Pelo menos um senhor de cadeira de rodas. Um cartaz contrariava o mundialismo dos “antifascistas”: “Não à Nova Ordem Mundial”. Vários africanos de ambos os sexos; uma dos quais foi entrevistada pelo NOW. E todos os sotaques do país; além do brasileiro.

Quem desfilava podia ver, em várias janelas e varandas, indivíduos solitários ou emparelhados filmando. Um, sabe-se lá porquê, acenava com a bandeira da Palestina! Uma parelha, do lado esquerdo, filmava num 5º ou 6º andar. A jovem revolucionária esticava o dedo médio. Houve um advogado portuense que se disse: “Filmem bem!”. Colocando-se de perfil para ser filmado: “Está bem assim?”.

Algumas dezenas gritaram: “CHE-GA! CHE-GA!” A jovem contestatária abrindo os braços, declarou: “Assim não vale!”. Amuada, retirou-se!
Verdade seja dita. Os que insultavam, provocavam, por palavras ou gestos, tinham todos aparência de nacionais. A única exceção foi constituída por um trio de brasileiros. Os aparentemente imigrantes, africanos, indostânicos, orientais, observavam. No Martim Moniz, várias chinesas assistiam, serenamente. Com muito boa apresentação, em nada aparentavam estar assustadas com a manifestação. Porque sabem que quem está para trabalhar, estudar e cumprir as nossas leis, nada tem a temer dos patriotas portugueses.

As diversas televisões esforçavam-se para contrariar o sucesso da manifestação. Enquanto exibiam as imagens do desfile, faziam correr a notícia de que a contribuição dos imigrantes aumentou 44%.
Os números? Os jornalistas procuraram dar um paralelo de importância entre as manifestações. No entanto, quer na CM, quer na NOW, as jornalistas deixavam escapar “vários milhares”, “muitos milhares”, “deve estar muito mais gente do que as previstas três mil”.

Entretanto, a rubrica afixava “algumas centenas”. A Euronews refere entre três a quatro mil pessoas. Ficamos pela média: seriam 3500.
Vamos recordar os ideais da Dr.ª Ana Gomes, no início da sua luta política. Pertenceu, nos tempos da sua distante juventude ao MRPP, partido incondicional de MAO. Em 1966, Mao estava algo afastado do poder, relegado a uma posição semi-simbólica. Para retomá-lo usou os “Guardas Vermelhos”. Jovens, estudantes e outros, extremamente violentos. Decidiu romper com o passado, destruir tudo quanto respeitava à velha China.

Dois episódios individuais vêm à memória deste vosso amigo, quando se fala na Revolução Cultural. Mao incitou os “estudantes” a exterminar os professores. Reacionários, por definição. Doravante, “o povo é que ensinava”. Em Pequim, como em muitos dos locais, foram arrebanhados os professores, à paulada. Colocados nos jardins, encontraram um chamado MA (“Cavalo”). Puseram-no a comer erva. Outro infeliz docente não teve tanta sorte. Ao cabo de horas, não conseguiu mais segurar os intestinos. Aqueles jovens, cheios de belos ideais, enfiaram-lhe um pau no reto. Claro, sob aplausos e galhofa da multidão.

Defende, ou defendeu este sistema, sem fazer um mea culpa, ato de contrição político; nem sequer por oportunismo. Pelo que não tem autoridade moral para acusar de exercer “discurso de ódio “aqueles que defendem os seus países. Citando o “influencer” Miguel Macedo: ela saiu do MRPP; mas o MRPP não saiu dela. (“Ana Gomes Furiosa”).

Para quem tiver noção da realidade portuense: só no ano de 2024, tem presente a situação do Campo 24 de Agosto, os confrontos dos bengalis em frente às urgências do Santo António, os indianos que assaltaram suecos, em directo, junto a São Bento, o esfaqueamento entre árabes e indianos junto à ponte D. Luís…Pelo que a mentira repetida mil vezes, é que não existe criminalidade estrangeira. Essa, sim, é a mentira.

Para quem conseguir ver as imagens é claro que a manifestação não foi “pífia”. Poderemos perguntar à diplomata, se o “seu” MRPP, mesmo nos tempos de maior pujança conseguiu juntar mais de três mil pessoas.

Pífia é a tentativa de convencer os portugueses que não existe criminalidade estrangeira. Pífias foram as “contra manifestações”. E pífia, acima de tudo é a tentativa da antiga diplomata em tentar enganar os portugueses quanto ao êxito da manifestação do CHEGA.

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