Um dia depois de ser conhecido o relatório preliminar às causas do acidente, André Ventura considerou que “morreram 16 pessoas debaixo da sua tutela, numa empresa totalmente tutelada pela Câmara de Lisboa”.
“Este relatório mostra que diversos serviços falharam e tem de ser assumida essa responsabilidade. A manutenção falhou e a inspeção falhou, porque o suposto cabo de aço que se rompeu ainda 263 dias de validade”, disse o dirigente aos jornalistas na Serra da Lousã, no interior do distrito de Coimbra.
Numa visita esta tarde à localidade de Cabanões, no concelho da Lousã, fortemente atingido por um incêndio, o Presidente do CHEGA frisou que “tem de haver assunção de responsabilidades e alguma capacidade de dizer às pessoas que, em democracia, a culpa não pode morrer solteira”.
“Não olhamos para 16 mortos como se fosse uma insignificância. Não podemos ser o país do terceiro mundo em que morrem 16 pessoas e ninguém é responsável. Isso é a cultura a que estávamos habituados”, enfatizou o dirigente, sem nunca falar em demissão.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 22 feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.