CHEGA consegue acordo com PSD e o país vai ter uma nova lei da nacionalidade

O PSD e o CHEGA alcançaram um acordo que viabiliza a aprovação de uma nova Lei da Nacionalidade, após várias cedências de parte a parte durante as negociações.

© Folha Nacional

A proposta prevê o aumento do tempo mínimo de residência exigido para a naturalização, mantendo regras mais flexíveis para cidadãos da CPLP e da União Europeia. Introduz ainda a possibilidade de perda da nacionalidade em casos de crimes graves ou de obtenção fraudulenta, embora essa decisão passe a depender de um tribunal, afastando a ideia inicial de perda automática. As novas regras não terão efeito retroativo, pelo que os pedidos de nacionalidade já submetidos não serão afetados.

O CHEGA considera o acordo uma vitória política, defendendo que traz maior rigor à atribuição da nacionalidade portuguesa. Já o PSD destaca que assegurou a conformidade constitucional das alterações introduzidas.

“Chegámos a acordo. É um passo relevante para termos uma lei da nacionalidade mais justa e rigorosa. A outra hipótese seria não haver lei da nacionalidade, que era o que a esquerda pretendia. É necessário ter meios de subsistência para poder pedir a nacionalidade. Não conseguimos ainda que todos perdessem a nacionalidade após cometerem crimes graves, mas temos esperança de o alcançar”, declarou André Ventura, Presidente do CHEGA, aos jornalistas esta terça-feira.

O texto segue agora para votação final na Assembleia da República e, se aprovado, será remetido para promulgação pelo Presidente da República. A sua entrada em vigor representará a mais significativa revisão da Lei da Nacionalidade em mais de uma década.

[Notícia atualizada às 11:33]

Últimas de Política Nacional

O PSD e o CHEGA alcançaram um acordo que viabiliza a aprovação de uma nova Lei da Nacionalidade, após várias cedências de parte a parte durante as negociações.
O gesto ocorreu após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter desmentido o líder parlamentar, Pedro Pinto, sobre a falta de apoio às forças de segurança, provocando indignação entre os profissionais que se sentiram desvalorizados pelo Governo.
André Ventura voltou a apontar o dedo ao primeiro-ministro, questionando se “vive no mesmo país que os portugueses”. O líder do CHEGA criticou o Governo pelo aumento dos combustíveis e pelo estado do SNS, acusando Montenegro de “sacar dinheiro em impostos”.
O candidato presidencial André Ventura, também líder do CHEGA, disse hoje estar confiante que vai vencer as eleições à primeira volta e afirmou ser “a mão firme que o país precisa”.
André Ventura acusou hoje o seu adversário Gouveia e Melo de andar aos ziguezagues e de se colar ao PS e ao BE, ao refutar as críticas de que o seu partido é uma ameaça para a democracia.
O Ministério Público (MP) continua a investigar o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, no âmbito do processo sobre um alegado esquema de financiamento ilegal do PSD.
O cabo do elevador da Glória, em Lisboa, que não respeitava especificações exigidas, era usado desde 2022, segundo o relatório do preliminar do GPIAAF, que altera a informação inicial de que era utilizado “há cerca de seis anos”.
A Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou hoje, na especialidade, a sanção de perda de nacionalidade, que será introduzida no Código Penal.
Pedro Pinto acusa Governo de enganar os contribuintes portugueses e de não baixar impostos.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura, estabeleceu hoje como objetivo ser o candidato mais votado na primeira volta das eleições de janeiro, e ter um resultado o "mais expressivo possível" numa segunda volta.