Em declarações aos jornalistas depois de entregar no Tribunal Constitucional (TC) as assinaturas que formalizam a sua candidatura às eleições presidenciais, André Ventura afirmou que, esta tarde, quando for conhecida a decisão dos juízes conselheiros sobre a lei da nacionalidade, irá respeitá-la, mas disse esperar que tenha “luz verde”.
“O CHEGA fez um trabalho muito aprofundado, com o PSD também, para chegar a este consenso. O que eu espero, e o meu desejo sincero, é que esta lei da nacionalidade não seja vetada pelo TC”, afirmou.
Ventura disse que o trabalho feito entre CHEGA e PSD foi “no sentido de garantir precisamente” que a lei da nacionalidade é conforme à Constituição, frisando que o texto final não corresponde à vontade inicial do Chega nem à do Governo, “mas chegou-se a um consenso nacional”.
“Peço ao Tribunal, às instituições públicas também, que tenham em conta esse consenso nacional a que se chegou num país que teve eleições legislativas há muito pouco tempo e em que houve uma maioria claríssima entre o partido que tem hoje o Governo e o CHEGA. É uma maioria de mais de 50% da população. Peço que haja essa consideração”, disse.
O líder do CHEGA defendeu que o TC deve perceber “que o povo votou, que o povo quer mudança” e que “os órgãos têm de acompanhar essa mudança”, acrescentando que a maioria parlamentar composta por PSD e CHEGA está a “tentar fazer alguma coisa que controle o país” e esse controlo tem de ser “implementado por todas as instituições”.
“Com isto não estou a dizer que o Tribunal não tem toda a legitimidade de tomar a sua decisão, como já o fez e nós respeitaremos essa decisão”, ressalvou.
Depois de formalizar a entrega da sua candidatura no TC, Ventura disse ter conseguido reunir as 7.500 assinaturas necessárias para poder ser candidato em cinco horas, o que disse ser “um recorde absolutamente histórico da democracia”, que “mostra bem o nível de adesão” da candidatura.
“Eu penso que vamos ter um grande resultado no dia 18. Vamos trabalhar para isso e para ter uma grande vitória que leve ao tal murro na mesa no sistema que nós precisamos de fazer em Portugal”, afirmou.