Presidenciais: Ventura acusa Marques Mendes de estar condicionado

O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas à chegada ao jantar do grupo parlamentar do CHEGA, em Lisboa, Ventura disse ter lido a notícia da revista Sábado em que o candidato presidencial apoiou pelos partidos do Governo “recusava explicar o aumento do património em valores muito significativos”.

“Esta é uma questão que não é de alguém para alguém que está a lutar pela Presidência da República, que quer ser íntegro e que quer ser transparente, portanto não é uma questão menor”, ​​destacou.

Luís Marques Mendes garantiu hoje que está disponível para revelar os clientes da sua empresa familiar se lhe derem autorização, no dia em que a revista Sábado afirmou que o candidato presidencial recusa esclareceu como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

“Já notámos no candidato Luís Marques Mendes que há ziguezagues em muitas coisas, isto é apenas mais uma delas”, acusou, argumentando que o candidato está “condicionado e isso não é bom num candidato à Presidência” da República.

Segundo a Sábado, em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que Marques Mendes não explica relativamente à origem exata dos honorários e sobre possíveis conflitos de interesses.

“Luís Marques Mendes representa talvez o pior que o sistema político tem. E estas interligações que o sistema político tem aos negócios, mas também a outros países e a outros interesses muitas vezes escondidos, que condicionam a atuação política das pessoas, agora pontualmente-se a revelação”, declarou.

As eleições presidenciais estão agendadas para 18 de janeiro de 2026.

Últimas de Política Nacional

André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.