O poder dos Estados-Membros é hoje uma mera névoa de engano e fumo, que esconde uma verdade dura para a independência das nações que constituem a União Europeia, que nos seus parlamentos nacionais discutem de forma aguerrida temas, que na verdade chegaram como diretrizes da força supranacional que centraliza em si o futuro de nações e povos, que deveriam ser independentes e soberanos. Esta questão de dependência de terceiros deixa países como Portugal, que estão afastados do centro de decisão e pouco poder têm junto dos verdadeiros “donos” do projeto europeu, os burocratas de Bruxelas, à mercê de decisões e rumos, que em muitos casos são prejudiciais para os interesses nacionais. A questão que fica é: Será a União Europeia e a subjugação à tirania dos burocratas de Bruxelas melhor para Portugal? Ou será que o exemplo britânico pode ser uma inspiração de independência?
Apesar do desconhecimento da maioria dos portugueses, apenas uma percentagem diminuta dos temas discutidos na Assembleia são verdadeiramente “independentes” de Bruxelas, dito isto, são poucas as questões que não são originadas por diretrizes ou recomendações da própria União Europeia. Por outras palavras, Bruxelas quer, manda e nós obedecemos. Se pegarmos em questões por exemplo relacionadas com o ambiente (e a histeria das alterações climáticas e do fanatismo, que dela advém) , pouco ou nada podemos decidir após a chegada de uma diretiva da União, limitando-nos à sua transposição. Se entrarmos num temacrítico nos dias de hoje, a imigração, a realidade é que está previsto que os Estados tenham poder de decisão no número migrantes acolhidos, porém é conhecida a tendência totalitária dos burocratas de Bruxelas, de punir e sancionar os que rejeitam acolher de forma caótica migrantes. O caso da Hungria e da Polónia representa a intolerância de Bruxelas, que se recusa a aceitar que uma nação soberana decida sobre o seu próprio destino, quando este vai contra a agenda globalista promovida pelos burocratas, que de forma severa e totalitária “reinam” na Europa.
O projeto europeu foi “vendido” às nações europeias numa fase inicial como sendo um projeto de cooperação entre nações soberanas, primeiro numa ótica económica, e numa fase posterior numa vertente de cooperação mais alargada. A verdade é que tudo isto parece um caminho para algo mais perverso, como uma maçã envenenada para tirar soberania às nações e criar um género de Estados Unidos da Europa, onde nações independentes, diferentes e com identidade própria, se subjugavam ao mesmo: a Bruxelas e aos seus burocratas. A criação de uma moeda única e o próprio Tratado de Lisboa tornaram os Estados vassalos e dependentes de um sistema centralizado, pautado pela relação abusiva de obediência/punição.
Infelizmente o projeto europeu, mesmo corrompido e em declínio, amarrado pelo globalismo extremo e a perversidade woke, sob mão de ferro da classe burocrata que domína os destinos da Europa, encontra-se num ponto tao avançado, que nações como Portugal seriam arrasadas se abandonassem o projeto atualmente. Infelizmente sair hoje seria provavelmente o fim de Portugal.
Então o que se segue se sair não é opção? Reformar. O único caminho possível é reformar, através das eleições europeias é fundamental eleger representantes que realmente pressionem e destruam, sim destruam, os burocratas e o sistema que criaram, originando contrapesos aos abusos e tiques totalitários de Bruxelas, e permitindo voltar a um trilho de cooperação, mas sem que isso represente o feudalismo atual, de caminho para a vassalagem absoluta e perda de independência dos Estados.
Está nas mãos dos europeus acabarem com a tirania de Bruxelas, através de um verdadeiro sinal de protesto face ao caminho atual que as instituições estão a seguir, votando em partidos que defendam a soberania e identidade nacional, e acima de tudo contribuindo para a verdadeira destruição dos burocratas corruptos de Bruxelas.