No dia 29 de Setembro, pelas 15h 30, na Alameda D. Afonso Henriques, o Partido CHEGA organiza mais uma grande manifestação. Esta é intitulada «Não à Insegurança, Não à imigração descontrolada!», debruçando-se sobre dois temas que são particularmente caros ao partido e que – creio – serem também preocupações legítimas e genuínas do povo português: por um lado, a insegurança que se tem sentido nas ruas de todas as cidades; e por outro lado, a vaga migratória sem controle, que tem chegado a Portugal nos últimos anos. Se há ou não correlação entre as duas, fica ao cargo do leitor avaliar, sabendo que as estatísticas o negarão, mas que a força normativa dos factos, jamais negará.
De facto, o desafio demográfico é a questão mais premente de ser discutida e solucionada na Europa do século XXI. Desde o Renascimento, que todos os teóricos reconhecem que para a existência de um Estado autónomo e soberano é preciso que haja população. O problema é que somos cada vez menos, estamos cada vez mais velhos, e temos cada vez menos filhos. Este é o diagnóstico é por todos conhecido há muito tempo. Acontece é que as sucessivas gerações de políticos teimaram sempre em ignorá-lo.
Diante deste estrutural cenário de invernia demográfica, que propõem como resposta imediata todos os partidos? Imigração, mais imigrantes, muitos mais, até podem divergir no número, mas consensualizam na dinâmica. O candidato do Livre às Eleições Europeias chegou mesmo a falar que a Europa precisava de 200 milhões de imigrantes. Ao passo que isto ocorre, ignoram a cultura de morte que promoveram durante décadas, as leis iníquas que mataram milhares de portugueses, e outras que conduziram tantos ao exílio forçado da emigração.
Quando lhes perguntamos onde ficarão os “novos portugueses”? Dizem que não importa, o que interessa é que venham. Quem são e de onde vêm? Respondem que não podemos discriminar ninguém pela sua origem e proveniência. O que vêm fazer e em que setores trabalharão? Para os empregos que os portugueses não querem – logo nos bradam – estes traficantes de escravos dos tempos modernos, marimbando-se para as “sanzalas” onde estes pobres coitados vêm parar, sujeitos às penosas condições de trabalho impostas pelo capital apátrida, que domina certos setores da economia e ao qual a Esquerda presta vassalagem.
Este é o ciclo vicioso onde nos encontramos. Onde a emotividade suicida, a ausência de bom-senso e a ganância oportunista maquilhada de humanismo, tomaram conta da classe política. Na verdade, para a elite dirigente, a insegurança não é assunto, o multiculturalismo selvagem é um não-tema, a substituição demográfica um conceito desprezível. Eles passam férias de luxo no Brasil, tem prédios na Foz e na Lapa, ou condomínios fechados, onde o sossego impera e a segurança reina.
Para o povo comum, dos subúrbios das áreas metropolitanas, onde os portugueses já são uma minoria, para quem tem de andar nos transportes públicos cada vez mais terceiro-mundistas, para quem vive nas aldeias e vilas tomadas de assalto por agricultores sazonais do Indostão, que transportaram o seu modus vivendi, de inaceitável desrespeito pelas nossas mulheres e pelos hábitos de vida que edificámos durante séculos; para todos os portugueses – a situação está a ficar insustentável e tem que ter um ponto final. Como me dizia há dias um casal de velhinhos que encontrei no Metro de Lisboa: «Se fosse para ver Portugal neste estado, mais valia não ter vivido!»
A solução ainda não é irreversível. Mas temos pouco tempo. Quando formos uma França, uma Bélgica ou uma Inglaterra, já não haverá nada a fazer. Eles estarão legalizados, terão muitos filhos, organizar-se-ão politicamente, votarão, ganharão eleições, e impor-nos-ão o seu modo de vida. Seremos uma minoria na nossa própria terra.
É, pois, a todos os que sentem que Portugal não pode perecer desta forma, a todos quantos sentem no âmago da sua consciência que têm que fazer alguma coisa para que os nossos filhos e netos, as gerações que depois de nós vierem possam ainda ver este Portugal que nós conhecemos, que eu me dirijo neste humilde apelo: saiam à rua, venham gritar bem alto, aos ouvidos do poder político, que não queremos a diluição da identidade nacional, não queremos ser colonizados na nossa própria terra, não queremos ver ataques terroristas, arrastões, naquele que era até há uns anos, um país relativamente seguro.
Queremos um Portugal soberano, seguro, onde entra quem nós queremos, quem nos trata bem, quem contribua, quem nos respeite, quem sinta este país como o seu. Temos o direito a ser ouvidos, e se eles recusam que nos expressemos nas urnas, pois será na rua que o faremos.
Eu estarei lá. Mais um no meio de milhares. Porque amo Portugal e porque quero cá ficar, trabalhar, constituir família e espero cá um dia morrer, neste chão sagrado, a que chamo casa, que é a minha pátria.