Em declarações aos jornalistas à chegada ao jantar do grupo parlamentar do CHEGA, em Lisboa, Ventura disse ter lido a notícia da revista Sábado em que o candidato presidencial apoiou pelos partidos do Governo “recusava explicar o aumento do património em valores muito significativos”.
“Esta é uma questão que não é de alguém para alguém que está a lutar pela Presidência da República, que quer ser íntegro e que quer ser transparente, portanto não é uma questão menor”, destacou.
Luís Marques Mendes garantiu que está disponível para revelar os clientes da sua empresa familiar se lhe derem autorização, no dia em que a revista Sábado afirmou que o candidato presidencial recusa esclareceu como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.
“Já notámos no candidato Luís Marques Mendes que há ziguezagues em muitas coisas, isto é apenas mais uma delas”, acusou, argumentando que o candidato está “condicionado e isso não é bom num candidato à Presidência” da República.
Segundo a Sábado, em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que Marques Mendes não explica relativamente à origem exata dos honorários e sobre possíveis conflitos de interesses.
“Luís Marques Mendes representa talvez o pior que o sistema político tem. E estas interligações que o sistema político tem aos negócios, mas também a outros países e a outros interesses muitas vezes escondidos, que condicionam a atuação política das pessoas, agora pontualmente-se a revelação”, declarou.
As eleições presidenciais estão agendadas para 18 de janeiro de 2026.