Subida do volume de negócios na indústria abranda para 11,4% em dezembro

O volume de negócios na indústria registou um aumento homólogo e nominal de 11,4% em dezembro, registando um abrandamento face ao 15,8% de novembro, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No conjunto do ano de 2022, a variação média do volume de negócios na indústria situou-se em 21,8%, contra 14,4% em 2021, um resultado “indissociável do forte aumento dos preços na indústria”, cujo índice cresceu 20,5% no ano em análise (8,9% em 2021), refere o “Índice de Volume De Negócios, Emprego, Remunerações E Horas Trabalhadas Na Indústria”, hoje publicado.

“Em termos homólogos e nominais, o Índice de Volume de Negócios na Indústria cresceu 11,4% em dezembro (15,8% no mês anterior),” refere o INE num destaque hoje publicado, registando que “esta evolução poderá ter refletido a desaceleração de 3,4 pontos percentuais do índice de preços na indústria, cuja variação se fixou em 10,6% no mês em análise”.

Excluindo o agrupamento de ‘energia’, as vendas na indústria aumentaram 8,6% (11,4% em novembro).

Já os índices relativos ao mercado nacional e ao mercado externo cresceram em dezembro 11,2% e 11,8%, respetivamente, contra 17,3% e 13,9% em novembro.

Ao longo do ano, a variação média das vendas na indústria fixou-se em 22,1% (11,2% em 2021) para o mercado nacional e em 21,3% (19,1% em 2021) para o mercado externo.

Por agrupamentos, a ‘energia’ deu o contributo mais expressivo para a variação do índice deste mercado, de 4,7 pontos percentuais (p.p.), em resultado de uma variação de 21,9% em dezembro (menos 15,6 p.p.).

Os ‘bens de consumo’ e os ‘bens de investimento’ desaceleraram para variações de 12,0% e 18,6% em dezembro (13,4% e 13,9% em novembro), tendo contribuído com 3,4 p.p. e 2,8 p.p., pela mesma ordem, para o total deste mercado.

Já os ‘bens intermédios’ abrandaram 7,0 p.p. para uma taxa de 1,6% em dezembro, para uma contribuição de 0,6 p.p..

Em dezembro, as variações homólogas dos índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas situaram-se em 2,1%, 6,3% e 1,0% (1,8%, 6,7% e 1,6% em novembro), respetivamente.

Ao longo de 2022, a variação média anual do emprego, das remunerações e das horas trabalhadas fixou-se em 2,6%, 6,6% e 2,5% (0,2%, 4,9% e 3,4% em 2021), respetivamente.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.